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Haiti: Procurador perde cargo após apuração contra primeiro-ministro

Ariel Henry foi considerado suspeito pelo assassinato do presidente Jovenel Moise; chefe do governo justificou saída como má conduta

Internacional|Lucas Ferreira, do R7, com informações da Agência EFE

Ariel Henry (foto) desmentiu o procurador Bed-Ford-Claude durante pronunciamento
Ariel Henry (foto) desmentiu o procurador Bed-Ford-Claude durante pronunciamento Ariel Henry (foto) desmentiu o procurador Bed-Ford-Claude durante pronunciamento

O governo do Haiti anunciou nesta terça-feira (14) a demissão do procurador Bed-Ford Claude. Ele foi o responsável por formalizar horas antes à Justiça do país um pedido de indiciamento do primeiro-ministro, Ariel Henry, pela morte do ex-presidente Jovenel Moise.

A carta que comunica o desligamento de Claude foi assinada por Henry na última segunda-feira (13) e justifica a demissão como “má conduta administrativa grave”. O primeiro-ministro se posicionou no sábado (11) contra as acusações do procurador.

“Nenhuma distração, nenhuma convocação ou convite, nenhuma manobra, nenhuma ameaça, nenhuma ação de retaguarda, nenhuma agressão me distrairá da minha missão”, disse Henry em evento oficial.

Claude pediu ao juiz de instrução Garry Orélien que investigasse o primeiro-ministro após encontrar ligações telefônicas entre Henry e um dos principais suspeitos do assassinato de Moise, Joseph Felix Badio. Os telefonemas teriam sido feitos na manhã do ataque.

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De acordo com a procuradoria, a geolocalização das chamadas também aponta que Badio estava na residência de Moise quando conversou por telefone com Henry. O ex-presidente haitiano foi morto em casa no dia 7 de julho, em Porto Príncipe, capital do país.

As autoridades haitianas prenderam preventivamente 44 pessoas por suposto envolvimento no assassinato, incluindo 18 mercenários colombianos acusados de fazer parte do comando que matou Moise. Entre os detidos estão 12 policiais que integravam a equipe de segurança do presidente e não reagiram ao ataque.

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