Hillary Clinton pede reformas na posse de armas e na abordagem ao racismo
Possível candidata à Casa Branca discursou para um grande público nos Estados Unidos
Internacional|Do R7
A pré-candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, pediu neste sábado reformas urgentes das leis que regulam a posse de armas e também para que o racismo seja abordado abertamente após o massacre que na quarta-feira custou a vida de nove pessoas em uma igreja da comunidade negra de Charleston (Carolina do Sul).
— Sei que podemos fazer reformas de bom senso sobre as armas, que as mantenham fora do alcance dos criminosos e dos violentos instáveis, com respeito aos donos de armas responsáveis. Os custos são altos demais e não tenho nem terei medo de seguir lutando para ter leis de bom senso sobre as armas, em homenagem a todas as vítimas da violência sem sentido neste país.
Hillary Clinton apoiou em 2013 uma iniciativa bipartidária que estabelecia um sistema de verificação de antecedentes para impedir que criminosos ou pessoas com problemas de saúde mental tivessem acesso às armas. Esta medida, como outras propostas pelo governo de Barack Obama no mesmo sentido, nunca chegou a prosperar no Congresso.
— Não faz sentido que não possamos colocar-nos de acordo para manter as armas fora do alcance dos criminosos, dos doentes mentais e inclusive de pessoas que estão em uma lista por suspeitas de terrorismo.
O tiroteio que na quarta-feira deixou nove mortos em uma igreja da comunidade negra de Charleston, realizado por um jovem branco que confessou querer empreender uma "guerra racial", devolveu ao centro do debate dois temas sociais sempre atuais nos Estados Unidos: o controle de armas e o racismo.
— Sei que é um tema difícil. Sei que muitos de nós pensamos que ao eleger o primeiro presidente negro tínhamos virado a página desse capítulo de nossa história. Sei que há verdades que não queremos dizer em alto nem falar com nossos filhos, mas temos que fazê-lo. É a única maneira de avançar juntos.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na sexta-feira que seu país tem que ter um sentido de urgência para mudar de atitude em relação à posse de armas.