Começou nesta quarta-feira (24), em Paris, o primeiro julgamento relacionado aos ataques da noite de 13 de novembro de 2015, quando dois terroristas ligados ao Daesh mataram 130 pessoas na capital francesa.
Quem está sentado no banco dos réus é o francês Jawad Bendaoud, que alugou seu apartamento na zona norte de Paris para o mentor do atentado, Abdelhamid Abaaoud e seu cúmplice Chakib Akrouh.
Abaaoud e Akrouh foram mortos pela polícia francesa durante uma ação de invasão ao apartamento, cinco dias depois dos ataques que começaram na casa de shows Bataclan. Além deles, a prima de Abaaoud, Hasna Aitboulahcen, também morreu no tiroteio.
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Bendaoud virou motivo de chacota na França ao se render à polícia. No vídeo da ação, ele aparece de olhos arregalados, dizendo que não suspeitava que os dois inquilinos fossem terroristas, mesmo com o país inteiro mobilizado na perseguição a eles e fotos espalhadas por todas as partes.
Se for condenado pela associação com os militantes, Bendaoud pode ser condenado a até seis anos de prisão. Ele recebeu da imprensa o apelido de "locatário do Daesh". A previsão é que o julgamento dure até três semanas.
Segundo a agência France24, o dono do apartamento já havia sido condenado em janeiro do ano passado por tráfico de drogas. A pena, que ele está cumprindo desde então, foi de três anos e oito meses de prisão.
Durante o julgamento, para evitar ser associado aos terroristas, Bendaoud se declarou "um simples traficante de drogas".