A Irmandade Muçulmana do Egito convocou uma semana de protestos diários em todo o país depois que milhares de seus simpatizantes foram às ruas em várias cidades egípcias, nesta sexta-feira (16), para denunciar a violenta repressão a seus seguidores nesta semana.
"Chamamos o povo egípcio e as forças nacionais para protestar diariamente, até que o golpe acabe", disse o grupo islâmico em um comunicado, referindo-se à derrubada do presidente islâmico Mohamed Mursi pelo Exército, no mês passado.
Crise no Egito: como a euforia se transformou em tragédia
Fotos: protestos islamitas se espalham pelo mundo árabe
Milhares de partidários de Mursi saíram às ruas, nesta sexta, pedindo um "Dia da Raiva" para denunciar a ofensiva desta semana das forças de segurança contra manifestantes da Irmandade, em que centenas de pessoas morreram.
Profundamente polarizado após meses de turbulência política, o Egito está à beira de um abismo. Os apoiadores islâmicos de Mursi se recusam a aceitar a deposição do presidente pelas forças de segurança, ocorrida em 3 de julho após protestos contra o governo marcado por problemas.
Os manifestantes exigem a demissão do comandante do Exército, general Abdel Fattah al-Sisi, e a reintegração do primeiro presidente livremente eleito do Egito, que está detido e não é visto em público desde sua queda.