As autoridades israelenses anunciaram neste domingo (2) o fechamento da passagem de fronteira de Erez, entre Israel e Gaza, após o lançamento de um foguete a partir da faixa na noite de sexta-feira.
Após um comunicado no qual se avisava sobre o fechamento do trecho durante o dia de hoje, o governo israelense estendeu a ordem e informou em comunicado que permanecerá fechado "até novo aviso, com exceção para casos humanitários urgentes".
A passagem de Erez, sob controle de Israel, é a porta de entrada e saída para pessoas, enquanto a de Kerem Shalom, ao sul da região, regula a importação e exportação de produtos a partir da Faixa.
De acordo com a agência de notícias palestina Ma'an, o número dois do movimento islamita Hamas, Moussa Abu Marzuq, criticou a decisão e a considerou "inaceitável".
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Ele ainda questionou a atitude da Autoridade Nacional Palestina (ANP) perante o fato. "Onde está a Autoridade Palestina diante do fechamento israelense? E onde está com relação as suas responsabilidades, especialmente depois que os empregados da ANP voltaram a trabalhar nas passagens de Gaza?", perguntou ele em uma nota divulgada pela agência.
Na noite de sexta para sábado um projétil vindo da faixa caiu no Conselho Regional de Eshkol, nas proximidades da fronteira, sem causar vítimas nem danos, informou a edição digital do jornal Yedioth Ahronoth.
Esse foi o segundo lançamento de um foguete desde que, em 26 de agosto, Israel e Hamas, junto as demais facções palestinas da região litorânea, pactuaram um cessar-fogo que pôs fim a 50 dias de ofensiva que resultou na morte de mais de 2.200 palestinos e 70 israelenses.
O objetivo da operação militar israelense era terminar com o disparo de foguetes a partir da Faixa e atacar a infraestrutura militar do movimento islamita, especialmente, o entrecruzado de túneis construído no subsolo de Gaza.
A abertura permanente das passagens e o levantamento do bloqueio que Israel impôs à faixa em 2007 estão no centro das conversas que ambas as partes deviam ter retomado há duas semanas para garantir um cessar-fogo durável na zona.
As negociações, realizadas de forma indireta com a mediação do Egito, foram adiadas depois da última onda de atentados no Sinai, após a qual o Cairo fechou sua passagem com Gaza por tempo indeterminado.