Japão vai acelerar construção de depósitos nucleares para Fukushima
Obras estavam paradas por falta de acordo entre Tóquio e autoridades da região
Internacional|Do R7
O governo japonês anunciou neste domingo que acelerará a construção de depósitos para armazenar resíduos nucleares após resolver seus desacordos com as autoridades da região de Fukushima sobre a localização destas instalações. O anúncio foi feito pelo executivo japonês após a visita do primeiro-ministro, Shinzo Abe, neste sábado (8) a Fukushima por causa do terceiro aniversário do terremoto e do tsunami de 2011, divulgou a agência Kyodo.
Embora estivesse previsto que estes depósitos poderiam abrigar resíduos da central de Fukushima no início de 2015, a construção das instalações estava parada por causa da falta de acordo entre Tóquio e o governo regional sobre o lugar exato onde serão instaladas. O executivo central decidiu aceitar finalmente o pedido do governo de Fukushima para excluir uma das três cidades dos planos de construção dos depósitos.
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Durante sua visita à zona, Abe afirmou que estas instalações são "extremamente para promover a descontaminação" da usina nuclear e de seus arredores, embora não tenha dado mais detalhes sobre as obras. O governador de Fukushima, Yohei Sato, tinha pedido em meados do mês passado que a cidade de Naraha fosse excluída da lista para os depósitos nucleares, que já tem as cidades de Okuma e Futaba.
Em lugar de um depósito nuclear, Naraha receberá uma fábrica de processamento das cinzas resultantes da incineração de resíduos nucleares. Naraha ficou menos contaminada que as outras duas cidades próximas à central, e seus representantes políticos rejeitaram a instalação do depósito nuclear. As mesmas fontes assinalaram que o governo japonês adquirirá os terrenos para instalar os dois depósitos em Okuma e Futaba para garantir sua gestão a longo prazo, em lugar de alugá-los, como foi inicialmente previsto.
Na próxima terça-feira (11) completam três anos do desastre nuclear na central de Fukushima, o pior desde Chernobyl em 1986, e suas emissões afetaram gravemente a agricultura, a pecuária e a pesca local.