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Jerusalém realiza sua primeira eleição da 'era tecnológica'

Jerusalém, conhecida por seu passado bíblico, agora vive ares de cidade do futuro e vive disputa acirrada nesta quarta-feira

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7*

É a primeira vez que cidade tem segundo turno
É a primeira vez que cidade tem segundo turno

Em pouco mais de seis anos, Jerusalém deixou de ser coadjuvante para ser protagonista na area de tecnologia em Israel. A cidade se tornou a capital da Startup Nation, como é conhecida Israel. E, segundo a revista Time, ocupa o primeiro lugar entre os cinco principais centros globais de tecnologia de inovação.

E neste cenário, desenvolvido durante a gestão de Nir Barkat, que a cidade terá nesta quarta-feira (13) uma inédita disputa na eleição para prefeito. Será a primeira vez na história que haverá um segundo turno no pleito. E o desafio do vencedor será manter esse cenário de ascensão tecnológica, que tem trazido receitas e desenvolvimento.

Disputam o pleito Mosheh Leon, candidato de direita apoiado pelo ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, que recebeu 33% dos votos. Seu adversário será Ofer Berkovitch (29%), único candidato não religioso, fundador do movimento "Hitorerout" (despertar em hebreu). O canditato do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu (Likud), Zeev Elkin, membro do Likud foi derrotado no primeiro turno, recebendo 20% dos votos.

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Na opinião de Shai-Shalom Hadad, empresário nascido em Jerusalem e proprietário de uma das maiores aceleradoras de startups locais, em todos os quarteirões, o clima efervescente mostra que a cidade vive uma nova era.


"Desde que sou crianca, nunca vi Jerusalém tao vibrante como nos últimos cinco ou seis anos. A característica cooperativa da população se encaixou à essência do que é uma startup e elas estao se multiplicando. Há cinco anos havia 20, hoje já são certamente mais de 200. E independentemente de quem seja o prefeito, esse crescimento vai prosseguir. O que pode mudar, dependendo de quem vencer, é a velocidade deste avanco."

Jerusalém, conhecida por seu passado bíblico, agora vive ares de cidade do futuro. Abriga inúmeras empresas de ciências da vida e gigantes da biotecnologia, como Medinol, Oridion (adquirida pela Covidien), Omrix (adquirida pela Covidien) e muitos outros.


Isso sem contar a OurCrowd, plataforma líder de crowdfunding de capital para investir em startups globais, que arrecadou mais de 750 milhões de dolares (R$ 2,8 bilhoes) para 160 empresas do portfólio em 112 países.

Mas esse salto em grande parte ocorreu devido aos investimentos do governo. A JDA (Jewish Development Authoriry) investiu cerca de 8 milhões de dólares (R$ 30 milhoes) no desenvolvimento de novas empresas de life science, por exemplo. E há empresas que investem cerca de 50 mil dólares (R$ 187 mil) em cada companhia que é aberta.


Shalom Hadad acredita que tal situacao tem como objetivo ajudar a firmar Jerusalém como capital de Israel, atraindo o reconhecimento de outros paises.

"Claro que, quanto mais forte Jerusalém fica, do ponto de vista tecnológico, ela fica mais proxima do reconhecimento como capital, principalmente por países que trazem investimentos a cidade." 

Pelo segundo ano, a cidade esta sediando a Start Jerusalém 2018, evento no qual 20 empreendedores de mais de 15 países vieram à Jerusalém para um programa imersivo de cinco dias (11 a 15 de novembro), com referências de tecnologia israelenses.

Neste ano, serão realçadas startups de life science (ciência da vida), com a apresentação de dispositivos Médicos, novidades em Saúde Digital e em BioTech que são justamente os setores que prevalecem na indústria de startups de Jerusalém.

*O jornalista viaja a Israel a convite do Ministério da Relações Exteriores de Israel

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