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Justiça do Equador manda soltar acusado de fraudar o Facebook

Designer norte-americano estava preso por ter forjado um contrato dizendo que Mark Zuckerberg teria lhe prometido metade de sua rede social

Internacional|Da EFE

Paul Ceglia durante uma audiência em fevereiro
Paul Ceglia durante uma audiência em fevereiro

A Corte Nacional de Justiça do Equador determinou nesta terça-feira (11) a libertação do americano Paul Ceglia, preso após ser acusado nos Estados Unidos de criar um contrato falso dizendo que Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, concordou em dar metade da rede social a ele.

Ceglia está detido em uma penitenciária de Quito, capital do país. O advogado do acusado, Roberto Calderón, confirmou à Agência Efe que a decisão da Corte Nacional de Justiça já foi enviada ao local. Ele espera que o designer seja libertado ainda hoje.

Leia também: Investidores pedem que Zuckerberg diminua papel no Facebook

Na última sexta-feira, o presidente do Equador, Lenín Moreno, pediu em documento enviado ao Ministério do Interior que o órgão negue a extradição de Ceglia aos EUA. Moreno argumentou que é preciso observar o princípio de reciprocidade nesse tipo de caso.


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"Socilitamos (aos Estados Unidos) a extradição ativa de alguns cidadãos que cometeram diversos crimes, sem que eles tenham sido efetivamente entregues ao Equador para julgamento", afirmou.

Na carta enviada à ministra do Interior, María Paula Romo, Moreno ainda diz que Ceglia está proibido de deixar o país porque é alvo de um processo por falta de pagamento de pensão alimentícia. O designer tem um filho de 1 ano e dois meses que nasceu no Equador.


Em abril, Ceglia pediu ao governo do Equador que lhe concedesse asilo territorial para evitar a extradição. Nos EUA, o designer responde por fraude pelo contrato forjado com o qual diz que Zuckeberg cedeu a ele metade do Facebook quando os dois ainda estavam em Havard.

O americano fugiu dos EUA em 2015 quando seria julgado por fraude eletrônica e por tentar extorquir Zuckerberg. Ceglia estava em prisão domiciliar, mas conseguiu retirar a tornozeleira eletrônica que usava, ficando foragido por quase três anos, quando acabou preso no Equador.

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