Líder das Mães da Praça de Maio chama Macri de 'cagão'
Ativista ainda classificou o presidente argentino de autoritário
Internacional|Ansa
A líder da Associação das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, fez duras críticas ao presidente argentino, Mauricio Macri, dizendo que ele foi o primeiro ditador eleito por meio do voto e chamando-o de "cagão", após anunciar que não participaria da IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada hoje, dia 27, em Quito, Equador.
"Não foi por medo, foi porque é um cagão, porque se fosse [ao encontro], iam perguntar coisas que ele não poderia contestar, por isso falou de novo da costela [fissurada recentemente], é uma costela que só obedece à direita", disse a ativista, em entrevista à rádio Del Plata.
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Bonafini, aliada da ex-presidente e rival número 1 de Macri, Cristina Kirchner, fez referência ao fato de ele ter usado como desculpa a costela quebrada recentemente para não participar do evento, apesar de ter participado do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na última semana.
"Macri está morto de medo de governar. Isso ninguém me tira da cabeça, tem um 'cagaço'", acrescentou. Segundo a oposição, Macri evitou se encontrar com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na cúpula.
O argentino pede a suspensão de Caracas do Mercosul, alegando crimes contra os direitos humanos, e exige a libertação de presos políticos no país.
Autoritarismo
Macri ainda está sendo muito criticado por setores da oposição por atitudes tidas como "autoritárias", especialmente após ele designar membros da Corte Suprema de Justiça por meio de um decreto, sem a aprovação prévia do Senado, onde não têm maioria.
Ele ainda demitiu cerca de 15 mil funcionários públicos contratados durante o kirchnerismo (2003-2015) e, também sem a permissão do Congresso, declarou estado de emergência por conta da luta contra o narcotráfico e emitiu um decreto que permite o abatimento de aviões não identificados.
Avós
Ele também foi criticado por ter se negado a receber a líder da Associação das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, alegando que não tinha tempo em sua agenda.
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