Maduro diz que "Venezuela está pronta" para diálogo com os Estados Unidos
Internacional|Do R7
Caracas, 26 mar (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira que seu país "está pronto" para iniciar um diálogo com os Estados Unidos, com base no respeito e na igualdade, e para falar, olhando os olhos nos olhos, com o governante desse país, Barack Obama, "onde ele quiser, quando quiser e como quiser". "A Venezuela está pronta para um diálogo com base no respeito e nos termos de igualdade entre os Estados com o governo do presidente Barack Obama onde ele quiser, quando quiser e como quiser, assim o digo como presidente da República Bolivariana da Venezuela, estamos prontos", disse. O líder venezuelano realizou essas declarações durante um ato que liderou em uma área humilde do oeste de Caracas para celebrar os 21 anos da libertação de Hugo Chávez da prisão na qual permaneceu por dois anos após liderar um golpe de Estado fracassado contra o então presidente, Carlos Andrés Pérez, em 1992. "Se o presidente Obama quer apertar esta mão, de um venezuelano, um patriota filho de Bolívar, filho de Chávez, estou pronto, pronto para apertar sua mão, para falar olhando olhos nos olhos, em termos de igualdade", acrescentou Maduro. Ontem o governante venezuelano disse que durante a Cúpula das Américas, que será realizada em abril no Panamá, falará com Obama para notificá-lo que em Miami funciona um "centro de conspiração econômica" de onde são feitos "ataques" contra a moeda e o comércio de seu país. Além disso, Maduro disse na semana passada que pedirá a Obama na Cúpula que revogue o decreto que aprovou no início do mês, no qual declarou uma "emergência nacional" pela "ameaça incomum e extraordinária" que a Venezuela representa para os EUA. Esta solicitação será feita, segundo Maduro, contando com o respaldo de 10 milhões de assinaturas que seu governo se propôs a recolher para fazer tal exigência ao presidente americano. Hoje, Maduro comemorou que sua campanha pelas assinaturas já somava 4 milhões de assinaturas, após expressar seu agradecimento à Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), que expressou sua "rejeição ao decreto" e pediu que os governos de EUA e Venezuela "iniciem um diálogo". Venezuela e Estados Unidos mantêm atualmente suas relações em um de seus pontos mais baixos desde que ficaram sem embaixadores em 2010. EFE nf/rpr