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Maduro é vaiado e perseguido por manifestantes na Venezuela. Dezenas de pessoas são detidas

Protesto contra o presidente venezuelano aconteceu na Ilha de Margarita

Internacional|Do R7

Manifestantes venezuelanos protestaram contra Maduro neste domingo (4) na Cidade do México
Manifestantes venezuelanos protestaram contra Maduro neste domingo (4) na Cidade do México Manifestantes venezuelanos protestaram contra Maduro neste domingo (4) na Cidade do México

Autoridades venezuelanas prenderam mais de 30 pessoas na ilha de Margarita, por abusos verbais contra o presidente Nicolás Maduro, disseram ativistas neste sábado (3).

Vídeos publicados por ativistas, alegadamente em Margarita, localidade de Villa Rosa, na noite de sexta-feira (2), mostram várias pessoas batendo panelas e xingando o presidente venezuelano durante uma visita para inspecionar um projeto de habitação. O presidente, que chega a ser perseguido, é obrigado a deixar o local escoltado por seus seguranças.

Not a Dailymotion video URL.

A demonstração de raiva vem depois de uma grande marcha em Caracas, na quinta-feira (1º), que, segundo líderes da oposição, encorajou os inimigos de Maduro.

Depois que o presidente deixou Villa Rosa, área que no passado foi um forte reduto pró-governo, agentes de inteligência agiram, disseram membros da oposição e ativistas.

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"Neste momento, mais de 30 pessoas foram detidas, depois do incidente em Villa Rosa", disse Alfredo Romero, do grupo ativista Fórum Penal, no Twitter.

O governo não mencionou o incidente e o Ministério da Informação não respondeu imediatamente pedido de comentários.

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Desde que venceu por uma pequena margem a eleição para substituir Hugo Chávez, em 2013, a popularidade de Maduro despencou devido à crise econômica no país. A oposição afirma que o protesto desta semana reuniu mais de 1 milhão de pessoas no que parece ter sido a maior manifestação em mais de uma década contra o governo.

Histórico da semana

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Opositores do presidente Nicolás Maduro tomaram as ruas da capital da Venezuela na quinta-feira em um dos maiores protestos contra o governo socialista em mais de uma década.

Vestidos de branco e gritando "esse governo vai cair", centenas de milhares marcharam em Caracas para pressionar por um referendo revogatório ainda neste ano contra Maduro e contra a grave crise econômica que assola o país.

A coalizão de oposição Unidade Democrática estimou que pelo menos 1 milhão de pessoas de várias partes do país participaram dos protestos.

"Vamos derrubar Maduro!", disse Naty Gutierrez, 53, que demorou três vezes mais tempo que o habitual para percorrer de carro os 120 km que separam Maracay de Caracas devido a bloqueios dos soldados.

"Vamos derrotar a fome, o crime, a inflação e a corrupção. Eles não fizeram nada em 17 anos. O tempo deles acabou", disse ela, cercada por milhares de pessoas acenando com cartazes e bandeiras nacionais em um ponto de encontro. O governo, que promoveu outra manifestação, não deu uma estimativa de participantes.

A oposição espera com os protestos mostrar que tem a maioria e pressionar Maduro e o conselho eleitoral nacional a permitir a realização do plebiscito, como previsto na Constituição.

Mas com o conselho eleitoral arrastando o processo e o governo jurando que o referendo não vai acontecer este ano, a oposição não tem como forçar a realização, não importando quantas pessoas coloque nas ruas.

O tempo é muito importante porque, se o plebiscito for realizado em 2017 e Maduro perder, o vice-presidente do Partido Socialista, escolhido pelo próprio Maduro, vai assumir o comando do país, ao invés de ser realizada uma nova eleição.

Maduro acusa tentativa de golpe

Maduro, de 53 anos, diz que a "Tomada de Caracas", como foi apelidada a manifestação por seus opositores, disfarça um plano de golpe de Estado fomentado pelos Estados Unidos semelhante à tentativa de deposição de seu mentor e antecessor Hugo Chávez, em 2002, que não prosperou.

"Nós paramos o golpe hoje, a violenta emboscada fascista", disse Maduro para seus partidários, dizendo que as detenções de ativistas nos últimos dias tinham impedido a violência. Pelo menos uma dúzia de ativistas da oposição ainda estava sob custódia na quinta-feira, de acordo com grupos de direitos humanos e da oposição.

Policiais e soldados adicionais foram posicionados ao redor da capital, e barreiras nas mais importantes rotas de acesso à capital.

Depois que os eventos principais tinham terminado pacificamente, um pequeno grupo de jovens, muitos cobrindo seus rostos, atiraram pedras e coquetéis molotov contra as forças de segurança, que dispararam de volta gás lacrimogêneo, durante um impasse em uma estrada em Caracas.

A coalizão de oposição Unidade Democrática disse que os jovens estavam infiltrados e que tentam gerar problemas.

Temendo a violência, especialmente levando em conta as 43 mortes vistas nos protestos anti-Maduro de 2014, muitos estabelecimentos comerciais fecharam as portas.

Prometendo lealdade ao legado de Chávez e classificando a oposição como uma elite abastada determinada a controlar o petróleo venezuelano, milhares de apoiadores do governo vestidos de vermelho também realizaram suas próprias passeatas.

"A oposição quer derrubar o presidente, mas eles não vão conseguir" disse a advogada e funcionária pública Adriana Jimenez, 44, em uma das manifestações pró-governo no centro de Caracas.

Como o antecessor Hugo Chávez, Maduro com frequência denuncia planos de golpe e assassinato, provocando o desdém dos adversários, que dizem que ele inventa isso para justificar a repressão e desviar a atenção dos venezuelanos da crise econômica.

Reverol declarou que a prisão nesta semana dos ativistas da oposição Carlos Melo e Yon Goicoechea havia levado à apreensão de armas e explosivos num campo improvisado a poucos quilômetros do palácio presidencial.

As armas incluíam um rifle de franco-atirador, segundo Reverol, que mostrou fotos delas. Ele acrescentou que cinco policiais ficaram feridos em confrontos com jovens que atiravam pedras depois da manifestação de quinta.

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