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Maduro fecha trecho da fronteira com Colômbia por tempo indeterminado

Presidente da Venezuela diz que ato pode restabelecer a ordem entre as duas nações

Internacional|Do R7

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou nesta sexta-feira (21) o estado de exceção na região de fronteira com a Colômbia do estado de Táchira por 60 dias, prorrogáveis por outros 60, para "restabelecer a ordem, a paz, a tranquilidade e a justiça" no local, após um ataque que deixou três militares e um civil feridos.

"Anuncio que como parte das medidas para restabelecer a ordem, a paz, a tranquilidade, a justiça e uma fronteira verdadeiramente humana, decidi ativar um estado de exceção constitucional nos municípios de Bolívar, Ureña, Junín, Capacho libertad y Capacho independencia", anunciou Maduro no palácio presidencial de Miraflores em Caracas.

Maduro tomou esta decisão "obrigado pelas circunstâncias" derivadas do "ataque em massa" de quarta-feira (19) passada na região de fronteira do Táchira, quando três militares e um civil foram feridos por contrabandistas, segundo o Executivo, após serem flagrados atravessando produtos da Venezuela para a Colômbia.

O presidente venezuelano nomeou o governador de Táchira, o governista José Vielma Mora, chefe da região decretada em estado de exceção.


Maduro entregou o decreto assinado ao presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, presente também na reunião com vários dos ministros, para que se inicie o procedimento legal visando à aprovação do mesmo no parlamento e na Suprema Corte de Justiça.

O presidente venezuelano lembrou que é a primeira vez que se ativa "para sua aplicação regional" esta possibilidade desde que se aprovou a Constituição de 1999 e que seu período de vigência será de 60 dias, prorrogáveis por mais 60.


Além disso, o presidente venezuelano prolongou "até próximo aviso" o fechamento da fronteira com a Colômbia pelo estado de Táchira, fechada desde quarta-feira depois desse ataque.

"Decidi prolongar além de 72 horas o fechamento desta fronteira, muito além, depois anunciaremos o alcance deste plano, mas essa fronteira fica fechada até próximo aviso, até que regularizemos nossa vida econômica, social, até que capturemos os assassinos", acrescentou.


Para tratar o problema do contrabando está previsto que as chanceleres de ambos países, a colombiana María Ángela Holguín e a venezuelana Delcy Rodríguez, reúnam-se no próximo dia 14 de setembro.

No entanto Maduro pediu nesta sexta a Rodríguez que essa reunião acontecesse o mais breve possível. "Isso tem que acontecer rápido, na segunda-feira ou na terça-feira que vem, já que, nas condições que está essa fronteira, nós não podemos perder uma dia", argumentou.

Maduro disse ainda que pretende conversar pessoalmente com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, "por respeito a nossa história e pelo futuro de nosso povo" e que espera que este "apoie à Venezuela tanto" como o governo venezuelano "apoiou à paz" de seu vizinho.

Venezuela e Colômbia compartilham uma fronteira de 2.219 quilômetros pela qual circulam de forma ilegal mercadorias que, segundo o governo venezuelano, equivalem a 40% dos produtos destinados a seu mercado interno e que são adquiridos a preços baixos pelas subvenções estatais. 

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