Maioria das alunas sequestradas na Nigéria não foi libertada
Professora desmente informações militares sobre libertação de meninas
Internacional|Do R7
Cento e quinze das 129 alunas sequestradas na Nigéria continuam desaparecidas, afirmou a diretora da escola, desmentindo também as informações militares sobre a libertação da maioria das estudantes.
"As declarações do Exército são falsas", declarou Asabe Kwambura, referindo-se a um comunicado sobre a libertação de 121 estudantes.
Mas a diretora indicou que a informação dada pelo governo do Estado de Borno (noroeste) sobre 14 reféns libertadas era correta.
Na véspera, as autoridades nigerianas afirmaram ter encontrado o reduto dos suspeitos de sequestrar as 129 alunas.
O sequestro em massa, cometido por homens fortemente armados, ocorreu em Chibok, a leste do Estado de Borno.
O grupo entrou na escola pública depois de matar um policial e um soldado que protegiam o local. Depois, os homens obrigaram as adolescentes a subir em caminhões e partiram para uma região remota.
Algumas alunas conseguiram fugir na hora do ataque.
O sequestro foi atribuído ao Boko Haram, grupo islamita armado. A insurreição desse movimento já dura cinco anos e causou milhares de mortes no país mais populoso da África.
O Boko Haram, que significa "A educação ocidental é um pecado", atacou escolas e universidades em várias ocasiões.
No mesmo dia do sequestro, uma bomba explodiu em uma estrada perto da capital Abuja, deixando pelo menos 75 mortos e 141 feridos, no atentado mais violento já cometido perto da cidade.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a liberação imediata das estudantes sequestradas e se disse muito preocupado com os ataques cada vez mais frequentes e brutais contra centros de ensino no norte da Nigéria.