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Mais uma igreja é incendiada no Egito. ONU alerta para o risco de represálias a cristãos

Um dia após massacre policial de quarta-feira (14), país é palco de novos confrontos violentos

Internacional|Do R7

Em Minya, igreja foi parcialmente queimada ontem
Em Minya, igreja foi parcialmente queimada ontem Em Minya, igreja foi parcialmente queimada ontem

O assessor especial do secretário-geral da ONU para prevenção de genocídios denunciou nesta quinta-feira (15) a violenta repressão aos manifestantes pró-Mursi no Egito, que matou mais de 600 pessoas ontem no Cairo. O assessor alertou ainda para o risco de represálias contra os cristãos, em um dia em que mais igrejas foram atacadas no país.

O assessor de Ban Ki-moon, Adama Dieng, junto com a assessora para a Responsibilidade de Proteção, Jennifer Welsh, deploraram o grande número de perdas humanas e expressaram sua preocupação ante a contínua escalada da violência no Egito.

Os dois afirmaram ainda acompanhar com preocupação que certo número de igrejas e instituições cristãs foram atacadas depois dos incidentes no Cairo.

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Os assessores também pediram que todos os egípcios evitem o uso da violência para expressar suas reivindicações, em particular os ataques contra as minorias e instituições religiosas.

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Neste sentido, pediram às autoridades egípcias que investiguem rápida e eficientemente as circunstâncias dos trágicos episódios de quarta-feira e os ataques contra minorias religiosas.

A Alta Comissária das Nações Unidas encarregada dos Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu hoje uma investigação sobre a atuação das forças de segurança no Egito, nos confrontos de quarta-feira que causaram a morte de mais de 600 pessoas.

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Em um comunicado publicado em Genebra, Pillay declarou que "é preciso fazer uma investigação independente, imparcial, efetiva e concreta sobre a atuação das forças de segurança e todos que sejam reconhecidos culpados terão de responder".

O Ministério da Saúde diz que 623 pessoas morreram e milhares ficaram feridas no dia de maior violência civil na história moderna do Egito, mais populoso país árabe.

Egito tem mais um dia de igrejas atacadas

A agência estatal Mena divulgou que membros da Irmandade Muçulmana invadiram hoje uma igreja cristã em Fayum, ao sul do Cairo, e atearam fogo ao local.

Segundo a reportagem, dezenas de seguidores do presidente deposto Mohammed Mursi teriam atacaram a igreja de Teodoro, na cidade de Desia, em Fayum, e a incendiaram. As chamas já foram controladas, relata a agência, que destacou a ausência de forças de segurança na área.

O ataque ao templo cristão aconteceu depois que quatro igrejas, um mosteiro e a sede de uma associação copta foram queimados ontem em Nazla e Tamia, na mesma Província.

Também ontem, sete templos cristãos, a maioria no sul do país, foram atacados durante os distúrbios, informou o Ministério do Interior.

A Irmandade Muçulmana e as autoridades se acusaram mutuamente pelos ataques. Os islamitas afirmaram que os agressores foram os "baltaguiya" (pistoleiros) enviados pelo Ministério do Interior, enquanto o governo atribuiu a responsabilidade à Irmandade Muçulmana.

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