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Mandela lutou contra o apartheid e pela vida

Nos últimos dois anos, o líder foi internado diversas vezes 

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Nelson Mandela foi um guerreiro em todos os campos da sua vida
Nelson Mandela foi um guerreiro em todos os campos da sua vida Nelson Mandela foi um guerreiro em todos os campos da sua vida

A carreira de Nelson Mandela, que morreu aos 95 anos nesta quinta-feira (5), ficou conhecida pela sua luta contra o apartheid e o racismo. Mas, nos últimos anos, sua trajetória foi marcada por uma batalha pessoal pela vida.

Em apenas dois anos, Mandela foi internado pelo menos seis vezes chamando a atenção internacional para sua resistência contra a morte.

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Primeiro presidente negro da África do Sul (1994-98), Nelson Mandela ficou internado pela última vez de 8 de junho a 1º de setembro, após sofrer uma recaída por uma infecção pulmonar. Ele foi, então, levado para sua casa, em Johannesburgo, equipada como um verdadeiro hospital para recebê-lo.

Poucos meses depois, o líder não resistiu e morreu tranquilamente em sua residência nesta quinta-feira (5).

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Batalha pela vida

Em 2001, Mandela foi diagnosticado com câncer de próstata, e enfrentou pela primeira vez uma grave doença. Mas apesar do tratamento, ele fez campanha em favor do combate à Aids, um dos principais problemas de saúde pública na África do Sul.

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Anos mais tarde, em 26 de janeiro de 2011, ele foi internado em um hospital de Johannesburgo para exames rotineiros, o que voltou a se repetir em fevereiro de 2012.

Menos de um ano depois, em dezembro de 2012, Mandela foi operado de cálculos na vesícula e tratou complicações respiratórias durante mais de duas semanas em um hospital de Pretória.

O líder voltou ao hospital em 9 de março de 2013 para ser submetido, com um resultado satisfatório, a testes médicos de rotina.

A internação seguinte aconteceu em 27 de março, quando foi internado durante dez dias para ser tratado de uma recaída de uma antiga pneumonia.

Em 8 de junho, Mandela voltou ao hospital "em estado grave, mas estável", segundo o governo sul-africano, por uma recaída em sua infecção pulmonar.

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Na noite de ontem na África do Sul, 6 de dezembro, o presidente do país anunciou sua morte.

A última aparição pública do ex-presidente foi em 11 de julho de 2010 durante a cerimônia de encerramento do Mundial da África do Sul.

A luta contra o apartheid

Líder da luta dos negros contra a segregação do apartheid, Nelson Mandela passou 27 anos de sua vida detido. Solto em 1990, o preso político mais famoso do mundo se tornou, quatro anos depois, o primeiro presidente negro democraticamente eleito de seu país (1994-1999). Ele se aposentou desde o fim de seu mandato para se dedicar à proteção da infância e à luta contra a Aids, uma praga que assola a África do Sul.

O Longo caminho para a liberdade (título de sua autobiografia publicada em 1994) começou em 18 de julho de 1918, na aldeia de Mvezo, no bantustão do Transkei (hoje Província do Cabo Oriental), onde nasce no clã real dos Thembu, de etnia xhosa.

"Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra", dizia ele para resumir sua longa luta pela liberdade.

"Meu ideal mais caro foi o de uma sociedade livre e democrática, na qual todos viveriam em harmonia com chances iguais. Eu espero viver tempo bastante para conseguir isso. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual eu estou disposto a morrer", completou.

Do presídio de Robben Island, onde passaria 18 anos, e das prisões de Pollsmoor e de Victor Verster, Mandela inspira a Revolta das Townships (1976). Também é na prisão que ele é alvo das aproximações secretas do governo branco, que antecederam as negociações com o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês).

Solto em 11 de fevereiro de 1990, o detento 46.664 (número que passa a simbolizar sua grande campanha contra a Aids) reaparece frente às câmeras de todo o mundo ao lado de sua segunda mulher, Winnie. Eles se separariam dois anos depois.

Triunfalmente eleito nas eleições de 27 de abril de 1994, ele estabelece desde seu discurso de posse a missão que guiaria sua Presidência. Convencido de que a sociedade sul-africana continuaria a trabalhar para fazer do país "um milagre", ele prometeu: "Quando eu entrar na eternidade, terei o sorriso nos lábios".

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