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Manifestantes voltam a tomar praça de Istambul após acidente em mina

Centenas de pessoas estão nas ruas questionando a ação do governo no resgate de mineradores 

Internacional|

Centenas de manifestantes tomaram as ruas
Centenas de manifestantes tomaram as ruas Centenas de manifestantes tomaram as ruas

A duas semanas do primeiro aniversário dos protestos contra um projeto de urbanização no Parque Gezi, em Istambul, os atos de contestação desafiam as autoridades de segurança para denunciar, desta vez, o papel do governo na tragédia da mina de Soma.

O país foi atingido há dois dias pelo maior acidente industrial de sua história com a morte de cerca de 300 pessoas na explosão acontecida na última terça-feira (15) em uma mina de carvão na cidade de Soma (nordeste de Izmir).

O registro de mortes, ainda provisório, não para de aumentar e a população exige que o governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) preste contas pela tragédia.

Mobilizados diante de cerca de cem policiais e de dois caminhões de água, a alguns metros da emblemática Praça Taksim, os manifestantes desafiam as forças de segurança, que usam bombas de gás lacrimogêneo.

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Os participantes do protesto gritam "Taksim será o cemitério dos fascistas", "o AKP é o responsável por esta catástrofe" e "Assassinos".

"Não nos disseram a verdade sobre o número de pessoas mortas ou presas", disse Sinan Cikar, de 20 anos, afirmando que o governo é "claramente o culpado".

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— Se tivesse tomado as precauções necessárias, um acidente como este nunca teria acontecido.

"Erdogan nos dá exemplos de acidentes em minas no século XIX na Inglaterra, no século XX nos Estados Unidos, mas estamos em 2014!", afirmou um jovem usando um capacete de obra e com o rosto pintado de preto, como se estivesse coberto de fuligem, como um mineiro de carvão.

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"Não foi o acaso, e sim um assassinato!", gritava Ezgi Kurt, de 24 anos.

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Comme Kurt, vários jovens protestam contra o AKP a cada novo escândalo, enfrentando os cercos policiais nas ruas de Istambul para se reunir.

Este tipo de situação tem sido frequente: a cada nova convocação, o Parque Gezi é fechado, a Praça Taksim é cercadas e barreiras da polícia são erguidas em cada esquina.

"É um verdadeiro Estado policial", considera Burak Yilmaz, de 18 anos.

"Em junho, nós conseguimos surpreender a polícia", lembra esse estudante que fala hoje de uma "estratégia de guerra estabelecida pelas forças de ordem para impedir os protestos".

Há um ano, a partir de uma mobilização contra um vasto projeto de urbanização que ameaçava o Parque Gezi em Istambul, o movimento se transformou em uma verdadeira onda de contestação contra o governo do AKP, no poder desde 2002.

Os confrontos entre policiais e manifestantes deixaram oito mortos e mais de 8 mil feridos.

"Muitas pessoas ficaram com medo depois da violência policial contra o movimento do Gezi", diz Burak Yilmaz, ao constatar que a mobilização atual é menor do que as registradas no ano passado.

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