Medo do vírus ebola põe Europa em alerta
Mais uma enfermeira espanhola pode ter contraído a doença
Internacional|Ansa
A Espanha informou que mais uma enfermeira do hospital Carlos 3º, de Madri, está em isolamento por suspeita de ebola. A mulher de 40 anos, que é casada e tem dois filhos, foi internada no mesmo hospital em que trabalha há dez anos para ser observada.
Ela apresentou febre alta e, com isso, aumentou para seis o número de pessoas no país que estão em isolamento médico.
A mulher trabalhava na mesma equipe que atendeu ao missionário Manuel Garcia Viejo, que morreu pelo vírus no dia 26 de setembro, mas ainda não se sabe se ela está com o vírus.
Até o momento, apenas o exame de sangue de Teresa Romero deu positivo para a doença. Em entrevista ao jornal El Mundo, Romero declarou que seguiu "todos os protocolos" de segurança e que "não tem ideia de como o contágio ocorreu".
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Ela também falou, por telefone, que está se sentindo "um pouco melhor", após o tratamento com o plasma de um sobrevivente da doença.
O governo espanhol afirmou que "agirá com total transparência" e fornecerá, "pontualmente, todas as informações" disponíveis sobre o avanço do vírus no país.
Segundo o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, "o contágio não é fácil" e ele pediu para que os cidadãos fiquem tranquilos. Já na Itália, a ministra da Saúde, Beatrice Lorenzin, pediu "mais controle na Europa para quem viaja de avião" para evitar a transmissão do ebola.
Lorenzin deu uma entrevista ao jornal La Repubblica e ressaltou que "é necessário que os procedimentos adotados nos aeroportos e nos voos deem uma maior certeza sobre aqueles que chegam dos países de risco".
"Peço que a Europa intervenha e decida o que fazer. Agora, estamos utilizando os protocolos da Organização Mundial da Saúde e informamos aos passageiros sobre os países onde a epidemia está em curso e quais devem ser controlados na partida. Mas, se essas pessoas não têm sintomas de ebola, nós não sabemos nada sobre eles", disse Lorenzin.