As instituições de segurança do México estenderam as buscas pelos 43 estudantes desaparecidos em Guerrero para outros estados, informou nesta terça-feira (28) o secretário de governo do país, Miguel Ángel Osorio.
Em entrevista coletiva depois da reunião do gabinete de segurança com o novo governador do estado de Guerrero, Rogelio Ortega, Osorio disse que, até agora, "mais de 100 lugares já foram percorridos" para tentar encontrar os jovens.
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Esses lugares foram determinados com a colaboração dos pais dos jovens que desapareceram no dia 26 de setembro em Iguala, acrescentou o ministro, que explicou que os trabalhos de busca incluem estados próximos a Guerrero, mas não detalhou quais.
Além disso, disse que, neste momento, há cerca de 10 mil efetivos do Exército, da Marinha e da Procuradoria Geral da República (PGR) envolvidos em tarefas de segurança em Guerrero.
O ministro reconheceu que o problema de segurança em Guerrero "é muito grande" e atraiu "a atenção de todo o mundo".
No dia 26 de setembro, 43 estudantes de uma escola rural para professores do ensino fundamental desapareceram após um ataque de policiais ordenado pelo então prefeito de Iguala, José Luis Abarca, que deixou seis mortos e 25 feridos.
De acordo com as investigações, 43 sobreviventes do ataque foram detidos pelos policiais e entregues ao cartel Guerreros Unidos, que sumiu com essas pessoas.
O promotor mexicano, Jesús Murillo, destacou que neste caso estão envolvidos "milhares de investigadores", o que mostra o interesse do governo de encontrar os jovens desaparecidos, de prender todos os responsáveis e fazer justiça.
Além disso, assinalou que há grupos especializados que estão usando "todos os meios de inteligência" para encontrar os três autores intelectuais dos incidentes de 26 de setembro: José Luis Abarca, sua esposa María de Los Angeles Pineda e o secretário de Segurança de Iguala, Felipe Flores.