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Mulher dá à luz em barco após ser resgatada de bote de borracha no Mar Mediterrâneo

Menino nasceu saudável, apesar das "condições perigosamente atípicas", diz obstetriz 

Internacional|Do R7


Newman Otas nasceu em águas internacionais no Mar Mediterrâneo
Newman Otas nasceu em águas internacionais no Mar Mediterrâneo

Um menino nasceu nesta segunda-feira (12) a bordo do MV Aquarius, um navio de busca e resgate operado pela organização humanitária internacional MSF (Médicos Sem Fronteiras) em parceria com a organização SOS Mediterranée.

Ele nasceu em águas internacionais no Mar Mediterrâneo, e seus pais, nigerianos, deram-lhe o nome de Newman Otas.

Os pais, Otas e Faith, e os irmãos mais velhos, Victory (7 anos) e Rollres (5 anos), foram resgatados de um bote de borracha superlotado 24 horas antes.

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Atualmente, 392 pessoas estão a bordo do Aquarius, depois que dois botes de borracha foram socorridos e de o navio receber uma transferência de pessoas resgatadas por outra embarcação.


Do total de resgatados, 155 têm menos de 18 anos de idade, das quais 141 estão viajando sozinhos – sem pai, mãe ou um guardião para lhes acompanhar. Há 11 crianças com menos de 5 anos de idade e 4 bebês com menos de um ano de idade.

“Eu estava extremamente estressada dentro do bote de borracha, sentada no chão com outras mulheres e crianças, em pânico com a ideia de entrar em trabalho de parto. Eu podia sentir meu bebê se mexendo, ele se movia para baixo e voltava. Eu estava sentindo contrações há três dias”, relembrou Faith.

A obstetriz de MSF Jonquil Nicholl fez o parto de Newman Otas: “Foi um nascimento bem tranquilo em meio a condições perigosamente atípicas. Sinto horror só de pensar o que poderia ter acontecido se esse bebê tivesse nascido 24 horas antes, naquele bote de borracha sem condição alguma de navegar, com combustível derramado no lugar onde as mulheres estavam sentadas, as pessoas amontoadas e sem espaço para se mover, à mercê do mar. E 48 horas antes, eles estavam em uma praia na Líbia, sem saber o que os aguardava pela frente. Como isso ainda pode acontecer em 2016? Essas famílias, pessoas vulneráveis, gestantes, bebês pequenos e aqueles que ainda vão nascer são forçados a arriscar suas vidas no Mediterrâneo quando deveriam estar recebendo assistência e proteção.”

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