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Uma mulher de 90 anos que vive em um lar para idosos na cidade de Lucerna foi a primeira pessoa a receber a vacina contra a covid-19 na Suíça, onde a campanha de imunização se expandirá nos próximos dias até cobrir todo o país a partir do dia 4 de janeiro.
A Suíça registra uma taxa de 657 casos positivos de covid-19 para cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, e uma ocupação de 72% dos leitos de unidades de terapia intensiva.
Essa situação obrigou o governo federal a endurecer novamente as restrições, entre elas o fechamento de todos os bares e restaurantes até o dia 22 de janeiro em todo o país, onde as atividades esportivas (exceto o esqui), culturais e de lazer também estão paralisadas.
Na terça-feira passada, a Suíça recebeu um primeiro lote de 107 mil doses da vacina produzida pelas empresas Pfizer e BioNTech, pouco após ter sido aprovada pelo órgão nacional encarregado de autorizar o uso de medicamentos.
A primeira vacinação, altamente simbólica, foi realizada em um lar para idosos em Lucerna e se expandirá na quinta-feira por outras cidades menores. Na semana que vem, núcleos urbanos mais densos receberão as primeiras vacinas, que serao administradas gratuitamente à população.
Com 8,6 milhões de habitantes, a Suíça assinou contratos para receber três vacinas que chegaram à fase mais avançada de desenvolvimento, totalizando 15,8 milhões de doses. As três requerem duas doses para proporcionar a imunidade superior a 90% indicada.
"A vacina funciona. Foi testada em estudos exaustivos", afirmou o presidente da Comissão Federal de Vacinações, Christoph Berger.
O primeiro grupo a ser vacinado na Suíça será composto por pessoas com 75 anos ou mais. Em seguida, serão vacinadas as pessoas com idades entre 65 e 74 anos, pessoas com doenças crônicas e profissionais da saúde.
A previsão é que o resto da população possa começar a receber alguma das vacinas a partir de abril de 2021.