'Não vamos parar de trabalhar até libertar todos os reféns', diz chefe da diplomacia dos EUA
Antony Blinken se reuniu com autoridades de Israel e da Palestina em sua terceira viagem à região desde 7 de outubro
Internacional|Do R7
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarcou em Israel para reforçar as negociações para ampliar a trégua na guerra entre Israel e os terroristas do Hamas.
Após se reunir com o presidente israelense, Isaac Herzog, e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Blinken fez um pronunciamento e reforçou que a prioridade é libertar as pessoas sequestradas há mais de 50 dias.
"Nosso foco é trabalhar com nossos parceiros para estender a trégua, assim podemos conseguir libertar mais reféns que estão em Gaza e enviar mais assistência", afirmou Blinken.
O diplomata frisou que na última semana o fluxo da ajuda humanitária enviada à Faixa de Gaza mais do que dobrou. A região estava com estoques baixos ou quase zerados de água, comida, medicamentos e combustível.
Durante os sete dias de suspensão do conflito, pouco mais de cem reféns foram soltos. Estima-se que o Hamas tenha sequestrado pelo menos 240 pessoas.
O Catar e os EUA são os dois principais mediadores das negociações de trégua e de libertação de reféns.
"Não vamos parar de trabalhar até que todos os reféns retornem para casa com seus familiares", garantiu o diplomata.
Leia também
Blinken destacou em sua fala que Israel tem o direito de responder ao ataque terrorista do Hamas do dia 7 de outubro, que resultou no massacre de 1.200 pessoas.
No entanto, ele fez um apelo ao governo israelense para que adote medidas para proteger civis, como determinar áreas onde as pessoas consigam ficar seguras durante os ataques.
"Israel tem um dos exércitos mais sofisticados do mundo e é capaz de neutralizar o Hamas e minimizar os danos aos inocentes", afirmou o americano.
Blinken também responsabilizou o Hamas pelo conflito e afirmou que a organização terrorista deveria "libertar todos os reféns, parar de usar civis como escudo humano e de usar infraestrutura civil para ataques".
A trégua começou no dia 24 de novembro e foi estendida duas vezes nesta semana. Israel garante que os confrontos serão retomados assim que o prazo expirar.