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Negociador da Ucrânia assassinado no fim de semana seria espião russo, diz imprensa do país

Reportagem do início de fevereiro afirma que Denis Kireyev, morto dias após participar da primeira rodada de negociações em Belarus, passou detalhes de compra de armas ao governo Putin

Internacional|Do R7

Imagens da primeira rodada mostram Kireyev
Imagens da primeira rodada mostram Kireyev Imagens da primeira rodada mostram Kireyev

A disputa entre Ucrânia e Rússia também se dá no campo das versões opostas sobre as mesmas notícias. A morte de um dos negociadores ucranianos, Denis Kireyev, divulgada no fim de semana, teve duas explicações diferentes.

Kireyev, um banqueiro de 45 anos, ocupou cargos importantes em diversas instituições do Leste Europeu. Como mostram imagens do encontro em Belarus para a primeira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, no dia 28 de fevereiro, ele estava sentado à mesa como representante da delegação ucraniana, embora não fosse citado na lista de autoridades do país destacadas para a missão naquele dia, o que aumenta ainda mais o mistério sobre seu nome.

Houve ainda uma nova tentativa de negociações, na quinta-feira (3), já sem Kireyev. O terceiro encontro deve ocorrer nesta segunda-feira (7).

A Ucrânia confirmou no sábado (5) a morte do negociador.

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Segundo divulgou o governo, ele morreu em missão especial, ao lado de outros dois oficiais da inteligência. No entanto, não há explicações sobre mais detalhes do episódio.

Um tuíte do Exército ucraniano sobre o caso diz que "eles morreram defendendo a Ucrânia".

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De acordo com outra versão, publicada pela imprensa ucraniana e compartilhada por um deputado do país, Alexander Dubinski, Kireyev teria sido executado no sábado por agentes de segurança após ser preso sob a acusação de traição. 

O jornal russo Pravda pôs mais lenha na fogueira ao dizer que ele teria passado informações internas ao governo de Vladimir Putin.

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Em sua versão em inglês, o Pravda acrescenta que, "de acordo com interlocutores nos círculos políticos, o Serviço de Segurança da Ucrânia tinha provas sólidas da traição de Kireyev, inclusive gravações de conversas telefônicas".

O canal de TV Kanal 5, da Ucrânia, fez uma reportagem no início de fevereiro que denunciou as ligações de Kireyev com o governo russo.

No dia 16, como é possível ver no site do veículo de comunicação (em ucraniano ou inglês), houve um protesto com cerca de 100 ativistas de ONGs do país em frente ao Serviço de Segurança da Ucrânia que pediam investigações do órgão sobre o funcionário do governo.

Diz o texto do Kanal 5 que os manifestantes exigiam a investigação do "possível envolvimento do banqueiro Denis Kireyev com serviços especiais russos e o vazamento de dados sobre as aquisições militares da Ucrânia".

"Ele deveria ser julgado por traição porque era funcionário público e vazou informações para os serviços secretos russos. Em vez disso, recebeu um alto cargo no governo. É uma pena. Por que isso está acontecendo?", questionou um dos manifestantes.

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