Nenhum cardeal eleito papa tem a obrigação de mudar de nome, mas tal ato tem um simbolismo histórico e pode antecipar a direção que o novo papado deverá seguir. Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome de Francisco 1º, o que remete à figura de São Francisco, um santo católico conhecido pela luta contra a pobreza e pela igualdade entre os seres.
Jorge Mario Bergoglio não é um cardeal da linha franciscana, pelo contrário: ele pertence à ordem dos jesuítas. Mesmo assim, ele optou por um nome carregado de significado social, o que deverá mostrar que seu papado será voltado para as questões ligadas à pobreza.
Cardeal argentino é eleito papa da Igreja Católica
Esta opção pelo nome Francisco 1º segue a previsão de que um papa latino-americano teria o papel de fortalecer a face transformadora da igreja, principalmente no aspecto social.
O religioso da ordem Companhia de Jesus é arcebispo da Arquidiocese de Buenos Aires desde 1998 e foi promovido a cardeal em 21 de fevereiro de 2001 por João Paulo II.
De acordo com especialistas, Bergoglio é articulador com grande capacidade e tem perfil fortemente doutrinário.
Apenas dois papas na história não escolheram um novo nome quando eleitos líderes da igreja católica. Em 1522, o cardeal Adrian Florensz se tornou o papa Adrien 6º e em 1555, Marcello Cervini que passou a ser chamado de Marcel 2º.
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