Obama pode proibir espionagem dos EUA a líderes aliados
Denúncias recentes apontam que a NSA monitorou líderes da Alemanha, França e Itália
Internacional|Do R7
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode proibir a espionagem dos EUA contra líderes aliados como parte de uma revisão da coleta de dados de inteligência, disse uma autoridade do governo nesta terça-feira (29), em meio à indignação internacional devido à vigilância realizada pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).
Uma semana depois do surgimento de relatos de que até o telefone celular da chanceler alemã, Angela Merkel, estaria grampeado, Obama está sob pressão para tomar medidas para recuperar a confiança dos norte-americanos e aliados.
Uma alta autoridade do governo disse que os EUA realizaram algumas mudanças pontuais em suas práticas de escuta, mas ainda não fizeram nenhuma modificação ampla de suas políticas, como a interrupção da coleta de informações a partir do monitoramento de aliados, por exemplo.
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A autoridade disse que a Casa Branca considera vetar a coleta de inteligência a partir do monitoramento de líderes aliados. Um relatório da Casa Branca requisitado por Obama após o vazamento de documentos da NSA pelo ex-prestador de serviço da agência Edward Snowden deve ser concluído até o fim do ano.
Obama tem sido submetido a uma renovada onda de críticas estrangeiras por causa de denúncias recentes de que a NSA não só grampeou o telefone celular de Merkel como conduziu amplo monitoramento eletrônico na França, Itália, Espanha e outros países europeus.
As revelações de Snowden também abalaram as relações dos EUA com o Brasil, que segundo denúncias foi outro alvo dos programas de espionagem da NSA.
A presidente Dilma Rousseff cancelou uma visita de Estado que faria a Washington este mês após denúncia de que teve suas próprias comunicações pessoais monitoradas pela agência norte-americana.
Alguns dos atos de espionagem parecem ter sido conduzidos sem o conhecimento de Obama.
A senadora democrata da Califórnia Dianne Feinstein, que preside a Comissão de Inteligência do Senado dos EUA, disse na segunda-feira (28) que seria conduzida uma ampla revisão de todos os programas de coleta de dados de inteligência.