A ONU (Organização das Nações Unidas) opinou nesta terça-feira (27) sobre os referendos realizados nos últimos cinco dias em várias partes da Ucrânia para que os habitantes votem em uma eventual anexação à Rússia. Para a organização, os resultados "não podem ser considerados uma expressão genuína de vontade popular".
"Não podem ser considerados legais segundo o direito internacional", afirmou a subsecretária-geral da ONU, Rosemary DiCarlo, no Conselho de Segurança.
Segundo os primeiros resultados das consultas, mais de 98% dos votantes apoiaram a incorporação das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk à Rússia.
Apesar de o resultado ser condenado por Kiev, é possível que o presidente russo, Vladimir Putin, o formalize nos próximos dias.
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As potências ocidentais já anunciaram que não reconhecerão os resultados e ameaçaram o Kremlin com uma nova rodada de sanções, como aconteceu com a anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014.
Além disso, a votação ocorreu sem um cessar-fogo, de modo que os combates continuaram entre o Exército ucraniano, as tropas russas e as milícias separatistas aliadas.
Mais de 744 pessoas já foram presas neste sábado (24) na Rússia no segundo dia de ações de protesto contra a mobilização decretada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com o objetivo de reverter os reveses militares na Ucrânia