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Oposição síria representa país em Liga Árabe e pede ajuda aos EUA para combater ataques aéreos de Assad

Mísseis Patriot estão na Turquia para proteger espaço aéreo do país, mas oposição síria quer ampliar campo de atuação dos armamentos

Internacional|com EFE

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Garoto armado conversa com crianças em rua destruída de Homs, uma das cidades mais atingidas pela guerra
Garoto armado conversa com crianças em rua destruída de Homs, uma das cidades mais atingidas pela guerra

Um líder da oposição síria, que nesta terça-feira (26) assumiu o lugar da Síria na Cúpula Árabe pela primeira vez, disse que os Estados Unidos deveriam usar mísseis Patriot para proteger áreas controladas por rebeldes do poder aéreo das forças do presidente Bashar al Assad.

Moaz al Khatib disse que pediu ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que as forças norte-americanas ajudem a defender regiões do norte do país controladas pelos rebeldes com mísseis Patriot.


Os insurgentes têm poucas armas para combater os helicópteros e aviões de guerra de Assad.

Khatib disse que os EUA deveriam desempenhar um papel maior para ajudar a acabar com o conflito de mais de dois anos na Síria, culpando o governo de Assad pelo que ele chamou de sua recusa em resolver a crise.


"Eu pedi a Kerry para estender a proteção dos mísseis Patriot para cobrir o norte da Síria e ele prometeu estudar o assunto", afirmou Khatib, referindo-se às baterias de mísseis Patriot da Otan, enviados para a Turquia no ano passado para proteger o espaço aéreo turco.

— Estamos ainda à espera de uma decisão da Otan para proteger a vida das pessoas, não para lutar, mas para proteger vidas.


Coreia do Norte aponta mísseis para EUA

O clérigo muçulmano sunita assumiu a cadeira vaga da Síria na cúpula da Liga Árabe, em Doha, apesar de ter anunciado no domingo que deixaria o comando da Coalizão Nacional Síria.


Durante o discurso na abertura da 24ª reunião árabe em Doha, Khatib pediu aos "países irmãos e amigos" que ajudem a oposição a "ocupar a vaga da Síria na ONU e nas organizações internacionais" para substituir o regime de Assad.

Khatib também afirmou que o "povo sírio escolherá a pessoa que o dirigirá e a maneira como será governado. E nenhum país estrangeiro fará isto em seu lugar".

O emir do Catar, um forte apoiador da luta para derrubar Assad, pediu a seus companheiros líderes árabes para convidarem a delegação da coalizão para representar formalmente a Síria na cúpula, apesar das divisões internas que assolam a oposição.

A Liga Árabe suspendeu a Síria em novembro de 2011, em protesto contra o uso de violência contra civis para sufocar a dissidência.

A ONU diz que cerca de 70 mil pessoas foram mortas em um conflito que começou como protestos pacíficos contra Assad e se transformou em uma insurreição cada vez mais sectária e armada.

Exército retoma controle de bairro em Homs

O Exército sírio retomou nesta terça-feira o controle completo do bairro de Baba Amr, um dos mais castigados da cidade de Homs, depois que os rebeldes conseguiram dominar algumas áreas desse distrito.

A agência de notícias oficial Sana anunciou que as Forças Armadas "restauraram a segurança e a estabilidade na vizinhança de Baba Amr em Homs, após eliminar todos os membros de grupos terroristas armados que haviam se infiltrado há poucos dias".

A informação foi confirmada pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, que afirmou que as autoridades recuperaram o domínio completo da área, onde, segundo sua versão, há duas semanas os rebeldes conseguiram controlar várias ruas, que depois foram bombardeadas intensamente pela força aérea do regime.

O Observatório, que cita o testemunho de vários moradores do bairro, relatou que os moradores retornaram nesta manhã a suas casas, que encontraram destruídas e inabitáveis, por isso se viram obrigados a se deslocar para outros lugares.

Em declarações à agência EFE pela internet, o ativista Salem Kabani ressaltou que o opositor Exército Livre Sírio (ELS) se retirou de Baba Amr para bairros próximos como o de Al Soltaniya e Yobar pela falta de munição.

Essas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelas autoridades sírias ao trabalho dos jornalistas.

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