Logo R7.com
RecordPlus

Padre que culpou mulheres por "violência sexual" nega ter deixado sacerdócio

O italiano Piero Corsi causou polêmica ao acusar mulheres de "provocarem" os homens

Internacional|Do R7

  • Google News

O padre italiano Piero Corsi, que gerou forte polêmica em seu país ao acusar as mulheres de serem em parte culpadas por sofrerem violência sexual ao "provocarem" os homens, negou nesta quinta-feira (27) em entrevista à imprensa local que irá abandonar o sacerdócio.

Corsi declarou que a carta que foi recebida por algumas agências de notícias e jornais e emissoras de TV italianas, na qual supostamente pedia perdão por suas palavras e dizia que deixaria a Igreja, "é falsa". O porta-voz do bispo de Spezia, província à qual pertence a paróquia de Corsi, explicou que o padre "não vai deixar o hábito (roupa eclesiástica), mas tirará alguns dias de férias depois do estresse que sofreu".


Leia mais notícias de Internacional do R7

Corsi, padre em Lerici, cidade do noroeste da Itália, tinha fixado no portão de sua igreja uma nota intitulada "Mulheres e Violência de Gênero", na qual dizia que muitas vezes "uma imprensa fanática e desviada" joga a culpa de tudo no homem. O pároco afirmava que o problema da violência sexual acontece porque as mulheres, "cada vez mais, provocam, ficam arrogantes e se acham autossuficientes, e acabam por exasperar as tensões".


"Quantas vezes vemos moças e senhoras maduras caminharem pela rua com vestidos provocantes e justos! Quantas traições se consumam nos lugares de trabalho, nos ginásios e nos cinemas! Poderia ser evitado, já que despertam os piores instintos, e depois se chega à violência ou ao abuso sexual".

Essas afirmações causaram indignação em associações de mulheres, que pediram ações tanto da Igreja Católica como das instituições políticas italianas.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.