Presidente de Uganda diz que gays são 'doentes', mas não merecem a prisão
Líder não deve aprovar lei que punirá com prisão os homossexuais
Internacional|Do R7
O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, considera que os homossexuais são pessoas "doentes", mas que não devem ser assassinados ou ficar presos por toda a vida, afirmou nesta sexta-feira (17) seu porta-voz, confirmando a rejeição do chefe de Estado de promulgar uma lei que aumenta a repressão da homossexualidade.
"O presidente não aprova a homossexualidade, mas ele acredita que essas pessoas têm o direito de existir", declarou à AFP Tamale Mirudi.
Mirudi confirmou a informação da imprensa, segundo a qual o presidente não quis assinar um projeto de lei, aprovado em 20 de dezembro de 2013 por uma maioria do Parlamento, endurecendo a repressão da homossexualidade, e prevendo prisão perpétua para os reincidentes.
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"Os homossexuais são pessoas doentes, você não pode matar uma pessoa doente. As pessoas que forem reconhecidas culpadas de práticas homossexuais não podem ser presas por toda a vida", acrescentou o presidente, segundo Mirudi.
Ele assegurou que Museveni não recuou devido às pressões internacionais. "Não é por causa de um suposto lobby. Ninguém influenciou o presidente", insistiu.
"O que o presidente disse, é que não devemos perseguir os homossexuais. Isto é um ponto importante. Pode ser que a sociedade queira isso, mas eles não podem ser perseguidos por esta questão", acrescentou.
"O presidente ressaltou que sempre existiu homossexuais na África e que eles nunca foram perseguidos. Mas não os autorizamos a se casar publicamente, ou organizar uma manifestação em Kampala", concluiu o porta-voz.