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Presidente do Egito foi detido por militares, afirma imprensa local

Mursi e outros dirigentes islamitas foram proibidos de deixar o país

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Manifestantes contrários ao presidente Mursi projetaram o termo "Game Over" ("O jogo acabou", em tradução livre) em um dos prédios do Cairo, na última terça-feira (2)
Manifestantes contrários ao presidente Mursi projetaram o termo "Game Over" ("O jogo acabou", em tradução livre) em um dos prédios do Cairo, na última terça-feira (2)

O presidente do Egito, Mohammed Mursi, teria sido detido por militares na sede da Guarda Republicana do Cairo nesta quarta-feira (3). A informação foi divulgada pela TV independente Haiat.

Um conselheiro político disse hoje não saber onde o mandatário se encontra. Gehad el Haddad, que também é porta-voz da legenda de Mursi, o grupo islâmico Irmandade Muçulmana, disse, em entrevista à CNN, que "todos os contatos com ele foram cortados". 

A notícia, que foi negada pelo porta-voz do chefe de Estado ao jornal norte-americano ABC News, gerou comoção, e diversas pessoas reunidas na praça Tahrir, no Cairo, comemoram a suposta prisão.

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O porta-voz da Irmandade Muçulmana informou que os militares estão dando um golpe de Estado. "Está em curso um verdadeiro golpe militar no Egito. Os carros armados estão se movendo pelas ruas", publicou via Twitter o porta-voz, com a hashtag #SaveEgypt. 

"Pelo bem do Egito e pela exatidão histórica, vamos chamar o que está acontecendo por seu verdadeiro nome: golpe de Estado militar", afirmou Esam al Hadad, conselheiro de Mursi para a segurança nacional em um post no Facebook.


O presidente egípcio e outros dirigentes islamitas foram proibidos de deixar o país.

Funcionários aeroportuários confirmaram à AFP que receberam ordens de impedir que estes dirigentes, incluindo Mursi, o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e o número dois da confraria, Jairat al Shater, saiam do país.

O ultimato lançado pelas Forças Armadas do Egito ao presidente Mohamed Mursi para que "satisfaça as reivindicações do povo" expirou nesta quarta-feira às 11h30 no horário de Brasília.

O Exército egípcio anunciou que publicará um comunicado após a expiração, mas não precisou o horário.

Na segunda-feira (1º), os militares deram 48 horas ao chefe de Estado para que desse uma resposta às reivindicações do povo, que se manifesta em grande número desde domingo para que deixe o poder. Caso contrário, os militares pretendem impor um "mapa do caminho".

A crise no Egito "deve ser resolvida por meios políticos", afirmaram autoridades norte-americanas. "Os Estados Unidos não apoiam qualquer grupo e partido", afirmou o porta-voz do Pentágono, George Little.

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