O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (14) que Moscou vai trabalhar para redirecionar suas exportações de energia para o Oriente, enquanto a Europa tenta reduzir sua dependência, e acrescentou que os países europeus não conseguirão abandonar o gás russo imediatamente.
A Rússia fornece cerca de 40% do gás natural da União Europeia, e as sanções ocidentais por causa do que Moscou chama de sua "operação militar especial" na Ucrânia atingiram as exportações energéticas, complicando o financiamento e a logística de acordos preexistentes.
Enquanto o bloco europeu debate se aplica sanções contra o petróleo e o gás russos, nações buscam fornecimento em outros países. Por sua vez, o Kremlin tem formado laços mais próximos com a China, o maior consumidor de energia do planeta, além de outros Estados asiáticos.
"Os chamados parceiros de países hostis admitem para eles mesmos que não conseguirão ficar sem os recursos energéticos da Rússia, inclusive o gás natural, por exemplo", disse Putin em uma reunião do governo televisionada.
"Não há substituição racional para o gás russo na Europa hoje."
Putin também disse que a Europa, ao falar sobre o corte de energia fornecida pela Rússia, está impulsionando os preços e desestabilizando o mercado.
O líder afirmou que a Rússia, que contribui com aproximadamente um décimo da produção global de petróleo e cerca de um quinto da produção de gás, precisará de nova infraestrutura para impulsionar o fornecimento de energia à Ásia.