Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Reforma de Obama não vai impedir novos abusos da espionagem americana

Políticos e organizações consideraram medidas anunciadas insuficientes

Internacional|Do R7

Obama defendeu o papel dos espiões na história americana e ressaltou o 11/9 como justificativa para as ações de vigilância
Obama defendeu o papel dos espiões na história americana e ressaltou o 11/9 como justificativa para as ações de vigilância

A esperada reforma do sistema de vigilância dos EUA, prometida por Barack Obama desde que Edward Snowden estourou o escândalo no ano passado, decepcionou os críticos da espionagem eletrônica americana. Embora tenha prometido mais transparência, a Casa Branca manterá boa parte das atividades de espionagem das agências do governo, o que está longe de impedir que novos abusos sejam cometidos no futuro.

O discurso do presidente americano na última sexta-feira (17) foi recheado de justificativas sustentando a ideia de que, pela segurança nacional, “vale tudo”.

Em termos práticos, as medidas anunciadas servirão como “emenda” e não solução para os abusos cometidos contra as liberdades individuais e internacionais, o que gera um enorme ceticismo nos críticos ao sistema de vigilância. 

Obama restringe espionagem contra líderes aliados


Conheça os programas da NSA que espionam os telefones e a internet

Após escândalo da espionagem, EUA querem reparar relação com o Brasil em 2014


A impressão que Obama deixou com seu discurso é que, após meses de discussões, Washington não planejou nada de concreto para deter os abusos e recuperar a confiança dos estrangeiros e de seus compatriotas.

Por um lado, Obama diz que irá proibir a espionagem de líderes aliados, mas somente se não representarem “uma ameaça à segurança nacional”. Os cidadãos estrangeiros comuns gozam da mesma “garantia”.


A Comissão Europeia vai mais a fundo. Viviane Reding, vice-presidente da CE, destacou sua decepção com a prometida reforma.

— As declarações de Obama não foram numa boa direção. (...) eu espero que os compromissos se concretizem em leis.

O alemão Jan-Phillip Albrecht, membro do Parlamento europeu, também destacou sua frustração.

— [As declarações] não foram nada suficientes. (...) A coleta de dados dos estrangeiros vai continuar. Não há nada aqui [reforma] que conduza para uma nova situação.

As críticas à reforma anunciada por Obama não se restringiram ao campo internacional.

A ACLU (União Americana para as Liberdades Civis, em tradução livre) por meio de nota elogiou as medidas que reforçam os mecanismos de “checks and balances (freios e contrapesos) que podem diminuir os abusos, através da criação de um painel” que defenderá os direitos civis.

Entretanto, a ACLU foi taxativa ao afirmar que, enquanto a massiva e indiscriminada coleta de dados praticada pela NSA continuar, qualquer medida será apenas uma “emenda” e não a solução definitiva para os abusos.

— Quando o governo coleta e armazena dados de chamadas de telefone de todos os americanos, é na prática um exemplo clássico de uma "busca indiscriminada" que viola a Constituição.

Obama diz que Snowden causou mais prejuízo do que bem aos Estados Unidos

Seja bombardead@ de boas notícias. R7 Torpedos

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.