Rússia defende legitimidade de eleições em regiões rebeldes da Ucrânia
Separatistas pró-Rússia organizam pleito para este domingo (2)
Internacional|Do R7
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia defendeu a legitimidade das eleições convocadas pelos rebeldes pró-Rússia para o domingo (2) nas regiões que controlam no leste da Ucrânia, divulgou nesta quinta-feira (30) a imprensa local.
"A postura dos milicianos de realizar as eleições no dia 2 de novembro é legítima e corresponde plenamente as prazos contemplados nos acordos de Minsk", diz o texto divulgado pela Chancelaria na noite de quarta-feira.
O ministério ressaltou que nas regiões orientais ucranianas é preciso "criar o mais rápido possível órgãos de governo para começar a resolver problemas práticos em relação às infraestruturas essenciais e à ordem pública".
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Segundo Moscou, a convocação de eleições para o dia 2 de novembro pelas autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk condiz com os acordos firmados em 19 de setembro na capital de Belarus para a regulação do conflito no leste da Ucrânia.
A Chancelaria criticou a lei recentemente aprovada na Ucrânia sobre a condição especial das regiões controladas pelas milícias e que convoca eleições nos territórios separatistas para o dia 7 de dezembro.
"Tal lei não pode ser aplicada, pois não especifica as zonas que abrange, aspecto sobre o qual o Legislativo ucraniano ainda deve se pronunciar", ressalta a declaração.
Para a Chancelaria, essa decisão parlamentar não pode ser adotada porque Kiev revogou sua assinatura do documento que estabelecia as coordenadas das linhas de separação de forças na zona do conflito.
"Kiev descumpre os acordos de Minsk. Com a violação da trégua, continua a utilização de artilharia contra as zonas controladas pelas milícias", denuncia.
Segundo Moscou, as tentativas de transformar a data das eleições no leste da Ucrânia em uma "espécie de critério para avaliar a conduta das partes" envolvidas podem resultar "a ruptura de todo o processo de acordo pacífico".