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Rússia nega envolvimento em queda do avião na Ucrânia

Putin defende que a catástrofe requer uma investigação "exaustiva e objetiva"

Internacional|Do R7

Rebeldes pró-Rússia vão permitir o acesso de investigadores à area em que caiu o avião
Rebeldes pró-Rússia vão permitir o acesso de investigadores à area em que caiu o avião

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, negou nesta sexta-feira (18) o envolvimento de seu país na suposta queda do avião malaio Boeing-777 na região de Donetsk (leste da Ucrânia).

"No que se refere às declarações que se ouvem de Kiev acerca de que praticamente nós o fizemos (derrubar o avião), é preciso dizer que quase não escutei declarações verazes desde Kiev nos últimos meses", disse Lavrov em entrevista ao canal russo "Rússia-24". 

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Além disso, catalogou de pressão sobre a investigação as palavras do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que, por sua vez, tachou o sucedido de "atentado terrorista".


"Declarações prematuras desse tipo, que aparecem antes que se tirem conclusões objetivas, são de fato uma pressão sobre a investigação e uma indicação (...) aos investigadores ucranianos sobre como devem investigar esse atentado", citou a Lavrov o correspondente que o entrevistou.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira que a catástrofe do avião malaio que caiu ontem no leste da Ucrânia, que foi supostamente atingido por um míssil, requer uma investigação "exaustiva e objetiva".


Segundo o Kremlin, o presidente afirmou que o incidente revela a necessidade de uma solução pacífica e rápida para o conflito no leste da Ucrânia.

"O chefe de Estado russo ressaltou que a tragédia ocorrida demonstra mais uma vez a necessidade para que se chegue, o mais rápido possível, a uma solução pacífica da grave crise na Ucrânia, e destacou que é necessária uma investigação exaustiva e objetiva sobre as circunstâncias da catástrofe", informou o Kremlin em comunicado.

Putin também expressou suas condolências ao primeiro-ministro da Holanda, já que a maior parte dos quase 300 passageiros do avião da Malaysia Airlines que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur eram holandeses.

Segundo os serviços de inteligência dos Estados Unidos, o avião da Malaysia Airlines foi abatido por um míssil terra-ar, mas não pôde especificar quem foi responsável pelo disparo.

Tanto as autoridades de Kiev como os rebeldes pró-russos se acusam mutuamente do suposto abate da aeronave, em pleno conflito armado entre as forças ucranianas e os separatistas no leste da Ucrânia.

A companhia aérea informou que 298 pessoas estavam a bordo do avião, 283 passageiros e 15 tripulantes. 

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