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Sarkozy afirma estar sendo injustiçado, e que acusações do caso L´Oréal são infundadas

A polícia investiga a possibilidade de Sarkozy ter se aproveitado da debilidade de Liliane Bettencourt, para financiar sua campanha eleitoral em 2007

Internacional|Da Ansa

A milionária Liliane Bettencourt (à dir.), teria sido vítima de abuso de incapaz desde setembro de 2006
A milionária Liliane Bettencourt (à dir.), teria sido vítima de abuso de incapaz desde setembro de 2006

O ex-presidente francês Nicolás Sarkozy disse que é alvo de uma acusação "injusta e infundada", ao comentar uma investigação sobre a possibilidade de ele ter se aproveitado da debilidade da milionária Liliane Bettencourt, de 90 anos e herdeira da L'Oréal, e conseguido fundos para financiar sua campanha eleitoral em 2007.

Em seu perfil no Facebook, Sarkozy escreveu: "enquanto enfrento um inquérito injusto e infundado, quero agradecer do fundo do coração a todos aqueles que me testemunharam a sua confiança".

— A todos, aos que me apoiaram e aos que me combateram, quero dizer que em nenhum momento da minha vida pública trai os deveres do meu cargo. Quero dedicar toda a minha energia para demonstrar a minha probidade e honestidade. A verdade no final triunfará. Não tenho dúvida.

Sarkozy acusado por "abuso de incapaz" contra herdeira da L'Oréal


O juiz Jean-Michel Gentil acusou o ex-mandatário na semana passada de abuso de incapaz por ter, supostamente, obtido recursos de Betterncourt para financiar sua campanha presidencial.

Sarkozy informou ainda que não pretende pedir "nenhum tratamento especial [a não ser] o de todos os cidadãos, que é o de ter uma justiça imparcial e serena. É justamente porque tenho confiança na instituição judiciária que utilizarei os caminhos do direito que estão abertos a todos os cidadãos".


A justiça investiga se o dinheiro de Liliane Bettencourt, idosa psicologicamente frágil, foi utilizado em proporções superiores aos limites legalmente autorizados para financiar a campanha presidencial de Sarkozy em 2007, sem que ela tivesse dado o seu consentimento com plena consciência.

O abuso de incapaz prevê pena de até três anos de prisão e multa de 375 mil euros, além de cinco anos de inelegibilidade.


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