Ao menos 47 pessoas morreram neste domingo (29) no Iraque em uma série de atentados, incluindo contra uma mesquita ao sul de Bagdá e a sede dos serviços de segurança no Curdistão. Com essas novas vítimas, chega a 800 o número de mortos em um mês.
Ao sul da capital, ao menos 27 pessoas morreram e 32 ficaram feridas em um atentado suicida contra a mesquita xiita de Mussayib, no momento em que era realizado um funeral.
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Nos últimos dias, uma série de atentados contra funerais xiitas e sunitas aumentando os temores de um conflito religioso.
Quatorze pessoas morreram em outros atentados em Bagdá, Mosul, Kirkuk e Baquba, segundo fontes da segurança.
E ao menos seis morreram durante um ataque a uma sede dos serviços de segurança em Erbil, na província autônoma do Curdistão iraquiano, de acordo com o ministério curdo do Interior.
É a primeira vez em anos que um ataque acontece em Erbil.
Os suicidas acionaram seus explosivos contra guardas na entrada do edifício, enquanto uma ambulância dirigida pelo grupo armado tentava forçar a entrada do local.
Cerca de 800 pessoas morreram em meio à violência no Iraque desde o início do mês, e mais de 4.600 desde o início do ano, segundo um balanço da AFP estabelecido a partir de dados oficiais.
No final de agosto, a missão da ONU no Iraque divulgou que cinco mil civis foram mortos e outros 12 mil ficaram feridos desde o começo de 2013 no país, confirmando índices de violência próximos aos registrados há cinco anos.
Especialistas e diplomatas pediram ao governo iraquiano, controlado pelos xiitas, que aceite aplicar reformas para aplacar a ira dos sunitas, que acusam Bagdá de concentração de poder e de realizar detenções arbitrárias.