Servidores da Embaixada do Brasil na Líbia são transferidos para a Tunísia devido à falta de segurança
Milícias retomaram os confrontos que já deixaram cerca de 200 mortos em duas semanas
Internacional|Do R7
Intensos ataques de artilharia foram retomados nesta quinta-feira (31) no sul de Trípoli, onde milícias rivais lutam controle do principal aeroporto da capital, em um dos mais duros combates desde a revolta de 2011, que depôs Muammar Gaddafi.
Cerca de 200 pessoas foram mortas desde que os confrontos começaram há duas semanas na capital da Líbia e na cidade de Benghazi, leste do país, onde uma coalizão de militantes islâmicos e ex-rebeldes tomou o controle de uma grande base militar na cidade.
Estrondos de artilharia e canhões antiaéreos ecoaram por Trípoli nesta quinta-feira de manhã, um dia após um cessar-fogo temporário pactuado pelas facções rivais para permitir que bombeiros apagassem um grande incêndio em um depósito de combustível atingido por um foguete.
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Três anos após a queda de Muammar Gaddafi, o frágil governo da Líbia e seu incipiente Exército foram incapazes de impor a autoridade do governo central sobre brigadas armadas de ex-rebeldes que se tornaram a principal força do país.
A maioria dos confrontos se concentra ao sul de Trípoli, onde facções rivais trocaram disparos de foguetes Grad e tiros de artilharia e de canhão. A luta ocorre entre o aeroporto, controlado pela brigada Zintan, e a área sob controle de seus rivais, da brigada Misrata.
Na quarta-feira (30), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou, em nota, a transferência temporária dos servidores brasileiros da Embaixada do Brasil em Trípoli.
"Diante da contínua deterioração das condições de segurança na Líbia, o governo brasileiro decidiu transferir temporariamente os servidores de nacionalidade brasileira da Embaixada do Brasil em Trípoli para Túnis, na Tunísia", diz o texto.
A medida não implica o fechamento da representação diplomática brasileira, que continuará a prestar assistência aos portadores de passaporte brasileiro residentes na Líbia, explicava a nota.