Pelo menos 12 pessoas morreram nesta segunda-feira (11) com a explosão de um carro na passagem fronteiriça entre a Síria e a Turquia, embora ainda não haja informações se o ocorrido se trata de um atentado ou uma explosão acidental de um veículo carregado com explosivos, informou a emissora "NTV".
O incidente aconteceu em um automóvel de placa síria e atingiu turcos que trabalham na fronteira, assim como civis, tanto turcos como sírios, que queriam atravessar o local. Bülent Arinç, porta-voz do Governo, confirmou o número de mortos e ainda disse que há 28 feridos, 13 deles em estado graves, em entrevista coletiva transmitida ao vivo pela "NTV". Três mortos são cidadãos turcos e os demais são sírios, disse Arinç.
"O que sabemos é que uma caminhonete que tinha chegado desde o lado sírio explodiu, mas não conhecemos ainda o tipo de explosivo, nem sabemos se isso foi uma ação individual ou de uma organização e se teve ou não motivos políticos", disse o porta-voz.
Arinç disse que as investigações continuam e desqualificou a opinião de um deputado da oposição, Hassan Akgöl, de que poderia se tratar de um atentado suicida.
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A explosão aconteceu por volta das 13h GMT (11h, horário de Brasília) em território turco, a cerca de 40 metros da linha fronteiriça com a Síria, e causou um incendiou que destruiu aproximadamente 15 carros, entre eles alguns que iriam levar material humanitário à Síria.
Mahmut Iri, prefeito da cidade de Çilvegözü, que fica próximo à fronteira, disse ao jornal turco "Hürriyet" que a explosão foi causada por um carro-bomba, um veículo com placa síria que se encontrava entre o controle de passaportes turco e a fronteira síria.
Refik Eryilmaz, deputado por Hatay do opositor CHP (Partido Republicano do Povo), explicou à Agência Efe em conversa telefônica que "aparentemente explodiram dois automóveis. Eles estão queimados e é possível ver corpos destroçados no solo".
Segundo os empregados da fronteira, "o carro não explodiu enquanto estava em movimento, mas sim quando estava estacionado", detalhou Eryilmaz.
O deputado disse também que não há um controle excessivo com os carros que atravessam a passagem para ir para a Síria e que é fácil chegar ao estacionamento entre o ponto de passaportes e a própria fronteira, que é onde ocorreu a explosão. "Nos últimos meses roubaram 400 veículos na Turquia e os levaram para Síria, e em alguns casos, colocaram armas no interior desses carros", lamentou o deputado.
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