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Suspeito de ataque em Boston ligou para a mãe antes de morrer

Durante tiroteio com a polícia, ele telefonou para dizer: "mamãe, eu te amo"

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Zubeidat Tsarnaeva aparece em foto de arquivo ao lado do marido
Zubeidat Tsarnaeva aparece em foto de arquivo ao lado do marido Zubeidat Tsarnaeva aparece em foto de arquivo ao lado do marido

O suspeito de ser um dos autores do atentado a Boston, Tamerlan Tsarnaev, teve tempo de ligar para sua mãe em seus minutos finais, enquanto tentava sobreviver a um tiroteio com a polícia na manhã da última sexta-feira (19).

“A polícia está atirando na gente, eles estão nos perseguindo”, disse Tsarnaev a sua mãe Zubeidat Tsarnaeva, de acordo com informações do jornal Daily Mail.

Naquele momento, ele e o irmão atiravam bombas nos policiais, no subúrbio de Watertown. Antes de desligar, ele falou “mamãe, eu te amo”.

Suas balas então acabaram, e, em um momento de desespero, ele acabou sendo atropelado pelo seu irmão, Dzhokhar.

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Alguns dias antes, segundo o The Wall Street Journal, Zubeidat Tsarnaeva havia ligado para seu filho para saber se ele estava bem, já que ficara sabendo das bombas em Boston. Surpreendentemente, ele pareceu não se importar com a preocupação da mãe. “Mamãe, por que você está se preocupando?”, perguntou ele, rindo.

Zubeidat e seu marido, Anzor Tsarnaev, alegam que seu filho mais velho recebeu uma ligação do FBI acusando-o do ataque, ao que ele respondeu: “Isso é um problema seu”.

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Segundo o pai dos jovens, Tamerlan Tsarnaev ligou para sua mãe dois ou três dias depois das bombas na Maratona de Boston, para contar a ela sobre o telefonema do FBI. As alegações mostram como Tsarnaev, que tinha 26 anos, acreditava estar sendo vigiado pelo FBI. Sua mãe havia dito anteriormente que ele foi seguido pelo FBI ao longo de cinco anos.

O canal de notícias Channel 4 sugeriu que é pouco provável que o FBI tenha ligado para o suspeito para acusá-lo do crime hediondo, e que esta talvez tenha sido a maneira que ele encontrou de preparar seus pais para as notícias que surgiriam falando de seu envolvimento com os ataques.

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Mesmo que pareça improvável, caso a acusação seja verdadeira, ela levanta o questionamento sobre como o FBI lidou com o caso. A agência já vem sendo acusada de falhar ao impedir que os irmãos plantassem as bombas na linha de chegada da maratona.

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Recentemente, foi noticiado que as autoridades russas alertaram o FBI sobre sua preocupação a respeito das conexões de Tsarnaev, depois que ele foi flagrado conversando com um militante islâmico por seis vezes em uma mesquita no Daguestão, no ano passado.

Agora, os pais planejam visitar os EUA para ver o filho que sobreviveu, Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, que foi encontrado escondido em um barco após a morte de seu irmão mais velho. Zubeidat Tsarnaeva falou à ABC World News, em um telefonema emocionado, que teme que seu filho seja condenado à pena de morte. 

“Perdi dois filhos”, disse ela, chorando. “Minha família está manchada.”

Ela não confirmou, no entanto, quando ela e o marido devem ir aos EUA. A um repórter da ABC na Rússia, ela contou que, embora tenha passaporte americano, tem medo de não conseguir realizar a viagem por ser agora parente de um suspeito de terrorismo.

O casal passa os dias se escondendo da multidão de jornalistas que tomou a remota cidade russa. Vizinhos que falaram à imprensa disseram que a família Tsarnaev não tem qualquer ligação conhecida com o fundamentalismo islâmico ou com facções terroristas.

Na entrevista à ABC, Tsarnaeva garantiu que seu filho mais velho foi investigado por dois anos pelo FBI apenas porque “amava o Islã” e que ele “não fez nada de errado”.

Em comunicado divulgado na última sexta-feira (19), o FBI disse que Tamerlan Tsarnaev foi investigado em 2011 por conta de um pedido de um governo estrangeiro. As autoridades, no entanto, não revelaram qual governo seria.

Os investigadores dizem que entrevistaram tanto Tamerlan quanto outros membros de sua família, mas que não foi possível encontrar evidências de que ele estaria conectado a qualquer organização terrorista.

“Eles queriam eliminar meu filho porque o julgaram uma ameaça por amar o Islã. Eles o estavam seguindo pelos últimos cinco anos”, diz Tsarnaeva.

Ela disse que a ansiedade de ter perdido os dois filhos fez com que ela se sentisse tão mal a ponto de “ter que chamar uma ambulância a cada duas horas e meia”.

— Não sei como vou viver assim.

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