Terroristas usam redes sociais para mostrar suas rotinas
Jovens esperam encorajar muçulmanos britânicos a se juntarem a eles na zona de guerra
Internacional|Do R7
Jovens terroristas usam redes sociais para mostrar a rotina nas guerras da Síria e do Iraque na esperança de encorajar muçulmanos britânicos a se juntarem a eles. De acordo com informações do portal britânico Daily Mail, Mahdi Hassan, de 19 anos, é um desses jovens. Ele dá detalhes do seu dia a dia na internet.
Apesar de parecer um jovem comum viajando pelo mundo e sentindo falta da comida do seu país de origem, ele está — na verdade — em uma luta jihadista na Síria e faz parte do Estado Islâmico, uma “organização terrorista que está causando um caos sangrento em todo o Oriente Médio”, segundo o Daily Mail.
Hassan fala quanto custa comprar uma arma AK47 e também dá instruções sobre levar ou não uma faca.
— Facas aqui não são tão grandes, mas você pode começar por olhar ao redor ou, eventualmente, na Turquia, se tiver tempo.
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Infelizmente ele não é o único. Outro jovem que está expondo a rotina da guerra nas redes sociais é Abdel-Majed Abdel Bary, de 24 anos. Segundo o Daily Mail, acredita-se que ele seja o responsável por uma conta no Twitter que mostra “imagens repugnantes da carnificina na Síria”.
A Inglaterra teme que outros jovens acreditem nessa imagem de que a vida é boa na jihad, que a comida é abundante e que os riscos são mínimos. Quando a realidade é completamente diferente. Acredita-se que 19 jihadistas britânicos já foram mortos na Síria, mas o número de vítimas deve subir já que a luta se espalha por todo o Iraque.
Especialistas dizem que as mensagens são poderosas ferramentas de manipulação, visando normalizar a ideia de se tornar um jihadista e dando jovens muçulmanos algo para se relacionar.
Violência
Segundo o Daily Mail, Abdel-Majed Abdel Bary aparece um uma foto (com o rosto coberto) segurando a cabeça de uma pessoa. Na legenda, ele escreve "de boa com o meu mano ou o que sobrou dele" — tradução livre (Chillin’ with my other homie, or what’s left of him).
A hastag do Estado Islâmico no Twitter e no Instagram mostra ainda outras imagens fortes da crueldade dos jihadistas, como crianças mortas, armas apontadas para a cabeça de crianças, estudantes manuseando armas em sala de aula, decaptações, assassinatos e crucificações.
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