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Tribunal egípcio condena 7 homens à prisão perpétua por assédio sexual durante celebrações na Praça Tahrir

Ataques aconteceram em junho, na posse do presidente Abdul Fatah al Sisi

Internacional|Do R7

Estudos apontam que 90% das egípcias já foram assediadas em público no Egito
Estudos apontam que 90% das egípcias já foram assediadas em público no Egito Estudos apontam que 90% das egípcias já foram assediadas em público no Egito

O Tribunal Penal do Cairo condenou nesta quarta-feira (16) sete homens à prisão perpétua por assediar sexualmente de várias mulheres na Praça Tahrir no começo de junho, informaram os advogados do caso.

Estes ataques, registrados em meio às celebrações pela posse do novo presidente, Abdul Fatah al Sisi, geraram uma grande polêmica no país, principalmente após a divulgação de um vídeo de uma mulher sendo assediada por um grupo de homens.

Os advogados de defesa, Mahmoud Sami, e da acusação, Nashad Aga, explicaram que, além das sete pessoas condenadas à prisão perpétua, outras duas receberam uma pena de 20 anos por serem menores de idade.

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Os réus, que ainda podem apelar com a decisão, foram acusados de estupro, assédio, retenção, uso de armas brancas e roubo, entre outras acusações.

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Para outros três acusados no mesmo processo, cujo julgamento começou no último dia 25 de junho, a corte ainda não emitiu um veredito.

Sami considerou que as "provas são frágeis, as acusações exageradas" e questionou o fato das vítimas das agressões terem conseguido reconhecer os agressores (seus clientes), já que, segundo eles, havia milhares de pessoas em Tahrir na ocasião.

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O advogado revelou que vão recorrer da sentença e pedir ao Tribunal de Cassação anular a decisão, assim como ordenar a repetição do julgamento.

Após a divulgação destas agressões, Sisi pediu prioridade ao caso e condenou o assédio às mulheres depois que seu antecessor no cargo, Adly Mansour, decretasse um endurecimento das penas contra aqueles que cometam assédio sexual nas ruas do país.

Estudos apontam que 90% das egípcias já foram assediadas em público no Egito, onde, principalmente durante festividades, é frequente ver grupos de jovens perseguindo as mulheres.

Nos últimos três anos, desde a revolução de 2011, vários casos de assédio sexual foram registrados durante as manifestações e celebrações no país.

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