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Trump promete mobilizar militares para sufocar protestos nos EUA

Presidente norte-americano invoca lei de mais de 200 anos para poder utilizar força militar dentro de seu território, em tentativa de retomar o controle

Internacional|Do R7

Trump fez seu primeiro pronunciamento oficial sobre protestos nos EUA
Trump fez seu primeiro pronunciamento oficial sobre protestos nos EUA Trump fez seu primeiro pronunciamento oficial sobre protestos nos EUA

Em um pronunciamento diante da Casa Branca nesta segunda-feira (1º), o presidente dos EUA, Donald Trump, condenou os protestos contra o racismo e a violência policial dos últimos dias e invocou uma lei de mais de 200 anos para espalhar membros do Exército pelo país, em uma tentativa de sufocar as mobilizações.

Leia também: Irmão de George Floyd pede 'paz' a manifestantes nos EUA

O discurso aconteceu no momento em que a polícia jogava gás lacrimogênio e bombas de efeito moral contra manifestantes que protestavam a alguns quarteirões da Casa Branca. Na sexta-feira e no último domingo, as marchas em Washington chegaram próximas à residência presidencial.

Depois que parte da multidão diante da Casa Branca foi dispersada, Trump andou por entre linhas formadas por tropa de choque até o parque que fica diante da residência presidencial e tirou fotos com uma bíblia na mão.

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'Atos de terror'

"Esses são atos de terror doméstico. Estão espalhando sangue de pessoas inocentes. A américa precisa de segurança, não de anarquia. Justiça, não o caos. E nós vamos sempre vencer. Por isso estou mobilizando toda a ajuda federal para parar toda essa violência e defender os direitos de todos os americanos", declarou Trump, que se chamou de "presidente da lei e da ordem"

Ele afirmou que vai mobilizar todos os homens da Guarda Nacional e pediu que os governadores dos estados os utilizem para "dominar as ruas". E para os prefeitos e governadores que se recusarem a usar esses recursos, ele deixou implícito que pode mobilizar militares à revelia. 

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"Isso vai acabar agora. Os que desobedecerem ao toque de recolher, sofrerão as consequências, serão presos e serão indiciados. Quero que os organizadores dessas ações criminosas respondam por seus crimes e de preferência na cadeia", disse o presidente.

Os protestos começaram após a morte do segurança George Floyd em uma abordagem policial em Minneapolis, na última segunda-feira (25) e se espalharam pelo país.

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Discussão com governadores

Mais cedo, em uma videoconferência com diversos governadores, Trump os acusou de serem coniventes com os manifestantes e disse que eles seriam vistos como "fracos" se não coibissem os protestos logo.

A retórica do presidente não foi bem aceita por todos. "Normalmente o trabalho do presidente é perseverar nessas circunstâncias e tentar abaixar a temperatura. Não é o que este presidente faz", disse o governador de Illinois, o democrata J.B. Pritzker.

Mas não foi apenas a oposição que criticou Trump. Para o líder do governo no Senado, o republicano John Thune, "o país quer se curar e precisa de calma e esse é o tom que o presidente precisa dar quando falar sobre tudo isso". Na opinião do senador, alguns dos recentes posts do presidente em redes sociais "não estão ajudando".

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