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Ucrânia manda suas forças saírem da Crimeia diante de ameaça russa, diz presidente

Decisão levou em conta "as ameaças às vidas e à saúde de nosso pessoal" e de suas famílias

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Militares ucranianos deixam base em Feodosia após ataque de tropas russas
Militares ucranianos deixam base em Feodosia após ataque de tropas russas Militares ucranianos deixam base em Feodosia após ataque de tropas russas

Ucrânia retirou suas forças da Crimeia diante das ameaças e da pressão das Forças Armadas russas, disse o presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, nesta segunda-feira (24).

Falando ao Parlamento depois que tropas russas tomaram uma importante base naval em Feodosia, coroando uma tomada gradual de unidades militares ucranianas na Península, Turchinov disse que a decisão levou em conta "as ameaças às vidas e à saúde de nosso pessoal" e de suas famílias.

— O Conselho de Defesa e Segurança Nacional instruiu o Ministério da Defesa a realocar as unidades militares na Crimeia e promover a evacuação de suas famílias.

Tropas russas tomaram hoje uma base da infantaria marinha da Ucrânia em Feodosia, na Crimeia, após um ataque que deixou vários soldados leais a Kiev feridos, publicou o jornal Ukrainskaya Pravda.

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O ataque aconteceu depois da negativa dos infantes da marinha de abandonar sua base sem as armas e os veículos, segundo o porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, Vladislav Selezniov.

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O ataque à unidade de Feodosia, uma das últimas que ainda guardavam lealdade à Ucrânia, começou na madrugada de domingo (23), com a ajuda de helicópteros e carros blindados russos.

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Forças especiais de ataque "desceram dos helicópteros, enquanto dois blindados e duas dezenas de soldados rodearam o perímetro e bloquearam o acesso à base", explicou Selezniov no Facebook.

Os militares da base ucraniana manifestaram às tropas russas a disposição de deixar a unidade e sair da Crimeia para a parte continental da Ucrânia, mas a bordo de seus veículos e com todo o armamento.

Oficiais de Moscou, no entanto, exigiam que deixassem tudo na base.

"Somos militares, respondemos por nosso armamento. Não fomos tomados nem vencidos, e não vemos nenhuma razão para devermos deixar tudo aqui", disse ontem à noite o capitão ucraniano Aleksandr Lantuj, que advertiu que sua unidade se defenderia com fogo real caso fossem atacados.

Tropas russas e soldados das chamadas autodefesas da Crimeia tomaram desde sábado (22) o controle de quase todas as unidades, navios de guerra e bases militares que até então resistiam a mudar de lado ou abandonar seus destacamentos.

No sábado caíram o aeroporto militar de Belbek, nos arredores de Sebastopol, uma unidade da armada em Novofiodorovsk e vários navios de guerra.

Ontem, a Marinha ucraniana perdeu sua embarcação "Slavutych" e seu único submarino, o "Zaporozhiye", vários navios de guerra ficaram presos no lago Donuzlav, e seu Centro de Operações Psicológicas e de Informação, situado em Simferopol, capital da república foi incorporado na semana passada à Rússia.

Pelo menos três oficiais ucranianos, entre eles o comandante da base aérea de Belbek, o coronel Yuli Mamchur, e o comandante adjunto da Armada da Ucrânia para a Defesa do Litoral, o general Igor Voronchenko, foram presos pelas autoridades crimeanas.

Somente após estas detenções o ministro da Defesa ucraniano anunciou que nos próximos dias tomará uma decisão sobre a evacuação de algumas unidades militares instaladas na Crimeia.

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