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"Um inferno além do inferno": casal que perdeu três filhos no voo MH-17 divulga carta emocionante

Eles afirmaram que ninguém deve passar por essa dor, nem os responsáveis pela queda do avião

Internacional|Do R7

Evie era a única menina e tinha 10 anos. Mo (centro), tinha 12 anos e Otis (à esq.) era o caçula, com oito anos
Evie era a única menina e tinha 10 anos. Mo (centro), tinha 12 anos e Otis (à esq.) era o caçula, com oito anos Evie era a única menina e tinha 10 anos. Mo (centro), tinha 12 anos e Otis (à esq.) era o caçula, com oito anos

Um casal de australianos que perdeu seus três filhos no voo MH-17 na última quinta-feira (17) decidiu quebrar o silêncio e falaram sobre a dor que sentem pela ausência das crianças.

Em uma carta comovente, Anthony Maslin e Marite (mais conhecida como Rin) Norris descreveram o "inferno além do inferno" em que viveram esses dias.

— Vivemos em um inferno além do inferno. Nossos bebês não estão aqui conosco e precisamos viver com esse ato de horror todos os dias e momentos, pro resto da vida. 

Maslin e Marite afirmaram que nenhuma pessoa deve experimentar a pura agonia que estão experimentando, "nem mesmo as pessoas que atiraram contra nossos filhos". Eles perderam três filhos, Mo Maslin era o mais velho e tinha 12 anos. A filha do meio era Evie, com dez anos e o caçula, Otis, tinha oito anos. 

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A família da Austrália estava de férias com o avô, Nick Norris, pai de Rin. Ele voltava com as crianças porque o casal decidiu passar mais dias em Amsterdã. 

Ainda nesta quarta-feira (23) os corpos das vítimas chegaram à Holanda. Foram recebidos por parentes e curiosos, além de membros do governo, o rei Willem-Alexander e sua mulher, rainha Maxima. Durante a chegada dos caixões, eles permaneciam de mãos dadas e a rainha não conteve suas lágrimas. O governo holandês declarou luto nacional hoje.

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Abaixo, leia a carta dos pais, divulgada na íntegra pelo tabloide britânico Daily Mail:

"Uma mensagem para os soldados na Ucrânia, os políticos, a mídia, nossos amigos e familiares. 

Nossa dor é intensa e implacável. Vivemos um inferno além do inferno. Nossos bebês não estão aqui conosco e precisamos viver com esse ato de horror todos os dias e momentos, pro resto da vida. Ninguém merece isso que estamos experimentando, nem mesmo as pessoas que atiraram contra nossos filhos. 

Nenhum ódio no mundo é tão forte quanto o amor que temos por nossas crianças, por Mo, por Evie, por Otis. Nenhum ódio no mundo é tão forte quanto o amor que temos pelo avô Nick. 

Nenhum ódio no mundo é tão forte quanto o amor que temos um pelo o outro. 

Saber disso nos conforta um pouco. 

Nós gostaríamos de pedir para todos vocês se lembrem disso quando tomarem decisões que nos afetarão e também a todas as outras vítimas desse horror.

Até agora, desde o momento em que chegamos em casa, formos cercados por familiares e amigos. Nós estamos pedindo, desesperadamente, que isso continue, porque esta expressão de amor é o que nos mantém vivos. Queremos continuar a saber da vida de vocês, as coisas boas e ruins, porque não temos mais a vida que gostaríamos de viver. 

Então, gostaríamos de agradecer a todos, nossos incríveis amigos, família e comunidade e dizer que nós amamos muito vocês. Também queremos agradecer as pessoas do Departamento de Relações Exteriores da Austrália, a coordenadora local, Claire e a Diana e Adrian de Haia, sem os quais não estaríamos nem aqui.

Pedimos à mídia que respeite a privacidade da nossa família e amigos. A dor não é uma história.

Votos sinceros,

Anthony Maslin e Marite Norris"

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