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Venezuela: inflação e escassez de alimentos fazem população comer menos e de forma menos balanceada

Estudo descobriu que 12% dos entrevistados não faz três refeições ao dia

Internacional|Do R7

O aumento constante dos preços e a escassez de alimentos estão forçando parte da população venezuelana a reduzir o consumo de comida e a fazer refeições menos balanceadas, segundo informações da agência de notícias Reuters.

Em uma pesquisa recente de três grandes universidades críticas ao governo, 87% dos entrevistados dizem que seus salários são insuficientes para comprar comida.

O estudo feito com 1.500 famílias encontrou crescentes percentuais de carboidratos nas dietas e descobriu que 12% dos entrevistados não faz três refeições ao dia.

Um salário mínimo cobre, hoje, algo em torno de 20% do custo para alimentar uma família de cinco pessoas, segundo um grupo de monitoramento e filas enormes se formam ao redor dos supermercados estatais.


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A escassez de água e de eletricidade agravou ainda mais o sofrimento dos 30 milhões de venezuelanos.

Esta semana, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou que a semana de trabalho de funcionários públicos durante abril e maio seja de apenas dois dias, para reduzir o consumo de eletricidade.


— A partir de amanhã, durante pelo menos duas semanas, teremos quartas, quintas e sextas-feiras como dias sem trabalho no setor público.

Secas fizeram com que a água da principal represa e hidrelétrica da Venezuela diminuísse a níveis quase críticos. A represa abastece quase dois terços da energia da nação sul-americana.

Maduro, de 53 anos, que sucedeu o falecido Hugo Chávez em 2013 e cujos opositores estão tentando retirá-lo do cargo através de um referendo, apelou por compreensão e apoio.

Após meses de cortes de energia sem aviso prévio, o governo iniciou um racionamento programado nesta semana por todo o país, exceto na capital Caracas, desencadeando protestos ocasionais em algumas cidades.

Maduro também alterou o fuso horário para ter meia hora a mais de luz solar ao entardecer, exortou as mulheres a reduzirem o uso de eletrodomésticos como secadores de cabelo e obrigou os shoppings centres a providenciarem geradores.

Quanto à medida para o funcionalismo público, o governo está excluindo trabalhadores de setores essenciais, como o de alimentação. Os salários continuarão sendo pagos integralmente, apesar da redução na carga de trabalho.

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