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Viena sofre seu primeiro ataque terrorista após 40 anos

População aproveitava a última noite de passeio antes de um novo fechamento de bares, restaurantes e centros culturais devido à covid-19

Internacional|Da EFE

Polícia checa homem que transitava perto do local do atentado em Viena
Polícia checa homem que transitava perto do local do atentado em Viena Polícia checa homem que transitava perto do local do atentado em Viena

Muitos vienenses saíram na segunda-feira (2) para aproveitar sua última noite antes do segundo bloqueio do coronavírus, que começa esta meia-noite, mas o que seria um momento para tomar uma cerveja ou um show se tornou o maior pesadelo terrorista da cidade em 40 anos.

Por volta das 20h00 locais (19h00 GMT), vários supostos terroristas começaram a atirar contra pessoas sentadas nos terraços e dentro de bares e restaurantes no coração da cidade, a poucos metros da Sinagoga Central de Viena.

À meia-noite, as autoridades confirmaram pelo menos 15 feridos, incluindo sete gravemente, bem como duas mortes, incluindo um dos agressores. A polícia continua a procurar outros terroristas "fortemente armados".

Centenas de tiros

Testemunhas dos acontecimentos, como o rabino Schlomo Hofmeister, disseram à Efe que ouviu "cem tiros" nos primeiros momentos do ataque.

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"Pelo menos um atacante atirou em pessoas que estavam sentadas em frente a bares e restaurantes. As pessoas correram em pânico e correram para dentro, mas o atacante seguiu e atirou dentro também", disse Hofmeister.

Vídeos que circulam nas redes sociais, gravados por vizinhos de casa, mostram como um atacante atira em um transeunte, bem em frente à entrada principal da sinagoga.

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O presidente da comunidade judaica de Viena, Oskar Deutsch, disse à televisão pública ORF que a sinagoga estava fechada no momento do ataque, assim como os escritórios da comunidade e o restaurante kosher vizinho, descartando assim um ataque exclusivo contra essa minoria.

Refugiados em bares e restaurantes

Em outro vídeo, filmado de dentro de um restaurante na Praça da Suécia (Schwedenplatz), um policial de Viena é visto sendo morto a tiros por um rifle semiautomático.

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Centenas ou milhares de pessoas se refugiaram no interior das instalações e restaurantes próximos à sinagoga e também na Catedral de Viena antes dos tiros dos agressores.

Jasmin, vienense de 17 anos, explicou à Efe de dentro de um restaurante no centro de Viena que por volta das 20h ela viu como as pessoas começaram a sair correndo da área.

“E de repente apareceram muitos policiais fortemente armados, pedindo às pessoas que entrassem nos restaurantes”, disse a jovem, que ainda estava dentro do restaurante localizado a poucos metros do início do ataque armado por volta da meia-noite.

Ruas do entorno de onde aconteceram os ataques estão fechadas pela polícia
Ruas do entorno de onde aconteceram os ataques estão fechadas pela polícia Ruas do entorno de onde aconteceram os ataques estão fechadas pela polícia

Saída com escolta

A algumas centenas de metros de distância está a famosa Ópera Estatal de Viena, onde a última apresentação antes do bloqueio foi apresentada hoje, com o teatro fechado até pelo menos 30 de novembro.

Os 1.000 participantes do show ainda estavam dentro do teatro por volta da meia-noite por razões de segurança, de acordo com uma das pessoas detidas lá disse à Efe.

O mesmo acontece em outras salas de concerto da capital, como a Konzerthaus ou a Musikverein, localizadas a poucas centenas de metros do local. Os espectadores saíram escoltados de dentro do teatro.

Uma das cidades mais seguras

De acordo com a polícia de Viena, os tiros foram disparados em seis locais diferentes do centro da cidade, considerado até agora como um dos mais seguros e silenciosos da Europa.

O último ataque terrorista em Viena foi em 29 de agosto de 1981, precisamente contra a sinagoga central (Stadttempel), onde um comando de terroristas palestinos matou duas pessoas.

A capital austríaca, com cerca de 2 milhões de habitantes, é um dos três centros das Nações Unidas e sedes de outras organizações internacionais, como a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Há vários anos, a cidade lidera as listas internacionais de qualidade de vida, entre outras, também pela segurança cidadã e pela ausência de ataques terroristas.

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