Acusada de matar primo do goleiro Bruno vai ser julgada nesta sexta-feira
Sérgio Rosa Sales, réu e testemunha no caso Eliza, foi executado com seis tiros
Minas Gerais|Felipe Rezende, do R7 MG
A cozinheira acusada de envolvimento no assassinato de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes, vai ser julgada nesta sexta-feira (9) em Belo Horizonte. Denilza Cesário da Silva, de 30 anos, teria sido assediada por Sales, que além de réu, era considerado uma testemunha-chave no caso da morte de Eliza Samudio.
A mulher senta no banco dos réus no 1º Tribunal do Júri do Fórum Laffayete às 8h30. Serão ouvidas cinco testemunhas de acusação e cinco de defesa. O amante dela, Alexandre Ângelo de Oliveira, que seria o autor dos disparos que mataram o primo do jogador, teve o processo desmembrado e não será julgado nesta sexta.
Durante a fase de instrução, Oliveira confessou ter cometido o crime. Denilza confirmou apenas que contou ao amante que havia sido abordada por Sales, mas disse não ter elvolvimento com o homicídio. Os dois respondem por homicídio qualificado.
O crime
Sales foi executado com seis tiros no dia 22 de agosto do ano passado, no bairro Minaslância, na região norte da capital mineira. De acordo com os depoimentos, Denilza passava em frente à casa de Sérgio para ir ao trabalho. Um dia antes de ser assassinado o primo de Bruno teria “cantado” a mulher de forma grosseira, dizendo que “passaria a mão nela”. Ela ignorou a investida e ouviu que ele ia esperá-la na manhã seguinte.
Denilza contou a história para o amante, Alexandre, que já cumpriu pena por envolvimento com o tráfico de drogas. No dia seguinte, ela seguiu de moto com Alexandre até a esquina da casa de Sérgio, onde ela desceu e continuou a pé. Sérgio estava esperando no portão e provocou novamente a moça. O primo de Bruno, inclusive, teria tentado agarrá-la à força. Ao ver a cena, Alexandre acelerou a moto e atirou duas vezes. Os disparos acertaram as mãos de Sérgio Rosa Sales, que correu para um beco.
Em seguida, Sérgio teria gritado que estava armado. Alexandre recarregou o revólver e se escondeu atrás de um carro. Sérgio não reagiu e foi atingido pelos disparos, que o mataram antes de receber atendimento médico.
Após o crime, Denilza largou o marido, com quem tem quatro filhos, para se esconder com Alexandre. Eles afirmaram que não sabiam quem era Sérgio, nem sua relação com o desaparecimento de Eliza Samudio.