Adolescente mineiro pode ter sido vítima de "jogo do suicídio", diz polícia
No jogo “Baleia Azul”, os participantes devem cumprir 50 desafios, um deles é tirar a própria vida
Minas Gerais|Do R7 com RecordTV Minas
A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando a morte de um jovem, de 19 anos, de Pará de Minas, na região central de Minas Gerais, que teria tirado a própria vida por causa de um jogo conhecido como “Baleia Azul”. No jogo, que funciona em grupos fechados na internet, o participante deve que cumprir 50 desafios, sendo que o último deles é se matar.
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O jogo “blue whale” ( baleia azul em português), só existe em grupos fechados na internet. Os administradores passam as ordens às 4h20 manhã e os participantes enviam fotos ou vídeos para mostrar que a missão foi cumprida. Segundo Maria de Fátima, mãe de Cabral, o filho teria contado que já havia cumprido diversas tarefas. Entre elas, estava ficar um dia inteiro sem dormir, assistindo filmes de terror. Além disso, também estava na lista do rapaz: desenhar uma baleia no corpo com faca ou gilete e ouvir horas de músicas psicodélicas. Tudo as atividades realizadas por ele deviam ser filmadas.
Antes da morte de Cabral, Maria de Fátima já tinha flagrado várias vezes a imagem de uma baleia azul no celular do filho. A mulher conta que descobriu que quem decide sair do grupo tem duas opções: o autoextermínio ou o grupo ir atrás de um familiar. Ainda assim, ela não sabe se o filho teria chegado à etapa final dos desafios ou tentou sair do grupo.
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No ano passado, o jovem Filip Bolden Kim, de 21 anos, foi preso suspeito de ser um dos administradores do jogo. O jovem também foi acusado de organizar oito grupo de suicídio. As autoridades da Rússia, onde o jogo foi criado originalmente, fizeram um alerta para os pais de todo mundo e divulgaram um vídeo contra o suicídio infantil. Pelo menos 130 adolescentes tiraram a própria vida nos últimos anos no país. Na Ucrânia, um casal salvou a vida do filho, depois de encontrar um bilhete de despedida.
A polícia segue apurando o caso de Cabral. Segundo o delegado responsável pela investigação, outros moradores de Pará de Minas estariam envolvidos no jogo.