O amigo de Gustavo Henrique, que morreu após ser atingido por uma linha de cerol na MG-020, altura do bairro Tupi, na região norte de Belo Horizonte, na quinta-feira (16), reclamou da forma como foram atendidos na unidade de saúde para onde o amigo foi levado após o acidente. O enterro acontece neste sábado (18) na capital mineira.
Segundo Daniel, ao chegarem à UPA Norte (Unidade de Pronto Atendimento), eles se depararam com diversos problemas. “Aquele tanto de homens, não teve um para ir buscar uma cadeira de rodas. Eu tive que buscar a cadeira e colocar ele. Saiu uma paciente lá de dentro para me ajudar. Isso que dói mais, ver que havia várias pessoas ao redor e nenhum se propôs a ajudar”, explicou o ajudante de pintor.
Ele contou, ainda, que teve dificuldade para dar entrada com a vítima na unidade. “A moça me falou que só podia entrar com ficha. Eu questionei como que nessa situação eu vou fazer ficha. Ela começou a bater boca comigo. E eu só queria colocar ele na sala de emergência”.
Gustavo chegou a ser atendido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O enterro acontece neste sábado (18) na capital mineira. A família do rapaz levou o reboque com o qual ele trabalhava para o cemitério, como uma forma de homenagem. Agora, eles pedem justiça pela morte de Gustavo.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou, por nota, que o SAMU não foi acionado para atender a ocorrência e que a vítima foi levada por terceiros à UPA Norte e já chegou em parada cardiorrespiratória, em estado gravíssimo, às 16h30. Ainda segundo a nota, "o homem foi prontamente atendido e levado para a sala vermelha onde manobras para reanimação foram realizadas. O óbito foi constatado às 16h53."
Entenda o caso
Gustavo era entregador e ajudante de reboquista. Ele estava de moto, com um amigo, a caminho de um sítio em Santa Luzia, na região metropolitana da capital mineira, para passar o fim de semana, na última quinta-feira (16).
No trajeto, ele foi atingido por uma linha de cerol, na MG 020, altura do bairro Tupi, na região norte de BH. O amigo, que estava na garupa, ajudou no socorro. Os policiais ainda investigam quem são os responsáveis pelo crime.
Gustavo havia comprado a moto há 9 meses, para fazer entregas, e pretendia seguir na profissão. “Era o sonho dele comprar essa moto”, contou o amigo Daniel.
*Estagiário sob supervisão de Maria Luiza Reis