Canil dos Bombeiros de BH é desativo após morte de cães
Quatro dos sete animais morreram em decorrência da leishmaniose
Minas Gerais|Do R7, com Record Minas
A canil do Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte foi desativado. A decisão foi tomada após a morte de quatro cães em decorrência da leishmaniose.
Os cães que eram treinados no quartel aturaram em casos de repercussão como a morte da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, Eliza Samudio, e o assassinato de dois empresários pelo grupo ficou conhecido como Bando da Degola.
O canil funcionava no 2º Pelotão do Corpo de Bombeiros desde 2004 e chegou a ter dez cães, mas recentemente tinha apenas sete. Alguns animais nem eram registrados pela corporação. Os três que sobraram acabaram sendo doados.
Antes mesmo de encerrar as atividades o canil funcionava de forma precária. A denúncia é do tenente reformado Érico Rodrigues de Souza, que durante cinco anos comandou o pelotão. Ele conta que os militares tiravam dinheiro do próprio bolso para cuidar dos cães.
— Até remédio a gente tinha que comprar do nosso bolso. Tinha um convênio, mas não cobria totalmente.
Ao lado do pelotão do Corpo de Bombeiros, na região leste da capital mineira, funciona o canil da Polícia Militar. Os animais da PM continuam em atividade, mas segundo o tenente eles não substituem os cães dispensados, já que são treinados para outras finalidades.
— Os cães eram treinados para encontrar pessoas desaparecidas, soterradas em escombros, além de fazer demonstrações em escolas e um trabalho na Apae com crianças portadores de necessidades especiais.
O assessor do Corpo de Bombeiros, Frederico Pascoal, afirma que o canil foi criado como um projeto piloto e que o fechamento foi devido à doença que atingiu os cães. Ainda não há previsão de quando outros animais serão adquiridos.
— Apresentou resultados muito expressivos. Nós encontramos pessoas perdidas em matas, corpos que não tinham sido encontrados. Daí a importância da gente reativar esse projeto, mas em uma área segura.