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Capitão da PM é suspeito de agredir policial federal em briga de vizinhos em BH

Confusão teria começado porque o militar teria espalhado lixo pelo prédio onde moram

Minas Gerais|Do R7 com Record Minas

O capitão da PM, Fernando Oliveira de Almeida, e o policial federal Marcos Lima teriam brigado por causa de lixo espalhado no prédio
O capitão da PM, Fernando Oliveira de Almeida, e o policial federal Marcos Lima teriam brigado por causa de lixo espalhado no prédio

Uma briga de vizinhos envolvendo um capitão da PM (Polícia Militar) e um policial federal terminou em com o último ferido nesse domingo (9) no bairro Jardim América, na região oeste de Belo Horizonte.

A confusão começou quando o agente federal Marcos Lima filmava a escadaria do prédio toda suja de lixo. O material, restos de comida e óleo de cozinha teria sido espalhado pelo capitão da PM, Fernando Oliveira de Almeida, em todos os andares do edifício.

— Tem três meses que ele se mudou para lá e está ameaçando os vizinhos, tentando tomar a garagem de vizinhos, andando armado, com arma na mão ou na cintura, sem estar fardado. E nós estamos com muito medo.

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Ainda durante a confusão, a mulher do policial federal, Viviane Martins, que trabalha como síndica no prédio, também foi agredida com socos na cabeça.


— Ele se virou e me espancou, me deu vários socos.

Já na delegacia, ao se encontrar com o agressor, a mulher desmaiou e precisou ser carregada por policiais federais.


— Eu ainda não estou me sentindo bem. Meu filho de 13 anos estava lá no local e a gente teve que pedir para os tios irem buscá-lo para a gente poder vir para cá. Isso é um absurdo. Meu pai é coronel da Polícia Militar reformado, eu cresci dentro da polícia. Essa pessoa não representa a polícia.

Conforme relato de um morador do prédio que não quis se identificar, essa não foi a primeira vez que o capitão da PM espalha lixo e arruma confusão com outras pessoas no edifício, o que está levando medo aos moradores.

— Eu temo pela minha vida, pela vida de todos que moram aqui. Ele anda armado dentro do prédio, fala alto, ameaça.

Outro morador também relatou que a patente do militar dificulta o registro de ocorrências contra ele.

— Existe aquela acuação, aquele corporativismo do soldado, do cabo, do sargento para a ocorrência ser manipulada a favor do capitão. De autor, ele passa à vítima, arranha o próprio pescoço ou sai mancando e fica sempre como legítima defesa.

A irmã do policial federal, Alcione Lima, já foi casada com um irmão do capitão da PM e chorou ao ver Lima agredido

— É um absurdo o tanto que meu irmão apanhou e ele (capitão da PM) sair ileso. Inclusive, ele mesmo falou comigo ao me empurrar: "Isso não vai ficar assim porque eu sou capitão e tudo resolvo na arma".

Almeida foi detido em flagrante e liberado após ser ouvido por um delegado da Polícia Civil. Ele não gravou entrevista, mas apareceu na saída da delegacia mancando. A PM ainda não se manifestou sobre o caso. 

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